"Les virgen de los sicarios", de Barbet Schroeder (2000) Adaptado do romance autobiográfico do escritor colombiano Fernando Vallejo. "La virgen de los Sicarios", o cineasta Barbet Schroeder, famoso pelos cults "Barfly" e "Mulher solteira procura" muda radicalmente o seu estilo narrativo e roda em Medellin, Colômbia, um visceral e cru drama LGBTQIAP+, onde sicarios, traficantes, pedofilia, prostituição infantil e religião andam de braços dados.
Concorrend em Veneza e Sundance, o filme apresenta Fernando (German Jaramillo), um escritor de 50 anos que passou 30 anos fora e agora decide que quer morrer em Medellin, a cidade aonde nasceu. Ambientado nos anos 90, após a morte de Pablo Escobar,
Fernando se assusta com a vilência e a falta de compaixão de todos os que moram na cidade, dominada pelo tráfico e guerra de gangues. Ao frequentar um bordel de meninos de programa, ele se envolve com Alexis, 16 anos (Anderson Ballesteros, excelente), e o leva para morar em seu apartamento. Fernando decsobre que Alexis é um Sicario. Eles vivem um romance, até que Alexis é morto em uma guerra de gangues. Fernando decide se vingar da morte do rapaz, até que conhece Wilmar ( Juan Restrepo), e novamente se apaixona por um Sicario.
Com uma mistura de olhar documental, Barbet Schroeder aponta a sua cÂmera para as figuras marginalizadas de Medellin: mendigos, moradores de rua, desempregados, favelados. É um filme angustiante, onde não existe redenção. Todo mundo parece ter a noção de que a hora da morte pode acontecer a qualquer hora. Violento, triste, avassalador. É um filme que romantiza a pedofilia: Fernando e os garitos por quem se relaciona são apaixonados um pelo outro, e o filme não criminaliza a relação entre um homem adulto e um menor de idade. Um soco no estômago que certamente irá causar desconforto.
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