domingo, 15 de fevereiro de 2015

Gangues de Tokyo

"Tokyo tribe", de Sion Sono (2014) Baseado no mangá de Santa Inoue, "Tokyo tribe", "Gangues de Tokyo"com certeza é um dos filmes mais bizarros da história do cinema. Sion Sono, o cineasta mais cult do Japão, conseguiu realizar um filme mais anárquico e perturbador que seu filme anterior, "Porquê você não brinca no inferno?". Aqui, ele pega a atmosfera de "Blade Runner", "The warriors", "West Side Story" e "Laranja mecânica" e transforma tudo em um épico musical cantado em Hip Hop. Batalha de Hip Hop, garotas de bikini, estupros, gore, lutas de espada, paródia de "Kill Bill", tank girl, Samurai cibernético, Kung Fu, armas anhadas em ouro, centrifugador gigante para moer pessoas, piunks, nerds, canibalismo, mobílias humanas, neons coloridos, Mc apresentando o filme, fogos de artifício, discussão sobre tamanho de pau, terremoto...tudo isso e muito mais brota aos borbotões dessa fábula futurista. O principal é deixar o cérebro em casa. Daí, é só diversão. O filme é 100% uma viagem lisérgica rumo ao Cinema totalmente marginal e sem compromissos com regras. No futuro, Tokyo está dominada por várias gangues. Cada bairro é dominado por uma. Eles vivem em constante tensão, porém, respeitam seu espaço. Mas naquela noite, um evento fará com que o líder canibal de uma gangue resolva destruir todas as outras, e cabe a Kai, um líder de um grupo pacificador, tentar evitar a chacina, propondo a união de todos. O filme tem vários planos-sequências, mas o que abre o filme é simplesmente genial. Usando movimentos de grua e steadi em conjunto, o filme narra a trajetória das gangues de uma só vez. Repleto de cenas antológicas, embaladas por um visual vintage anos 80, com cenários mega coloridos, neons e grafites. Sion Sono é dos poucos cineasta no mundo que não tem medo de se expor ao ridiculo. Ele faz suas obras sem medo, e ganha fãs cada vez mais ávidos por histórias loucas de fetiches, sexo e perversão. Às vezes ele percorre dramas humanizados, como em "Himizu" , "terra da esperança" e "A mesa de jantar de Noriko", mostrando que também sabe contar um drama de forma extremamente eficiente e emocionante. Pop ao extremo, o filme fara á alegria de cinéfilos nerds que se amarram em filmes referenciais. O elenco se diverte, cantando hip hop e matando quem está na frente. Mega cult do novo milênio. Nota: 8

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