domingo, 15 de fevereiro de 2015
Ainda adoráveis
"Lovelly, still", de Nicholas Fackler (2009)
Drama sentimental que arranca risos e lágrimas do espectador a qualquer custo. E isso não é ruim. Apostando na fórmula clássica de filmes que possuem uma reviravolta na história, "Ainda adoráveis" encontra nos talentos inquestionáveis de Martin Landau e Ellen Burstyn o veículo certo para emocionar sem cair no romance barato. Dirigido e escrito por um cineasta estreante, foi um desafio que poderia ter enterrado de vez o filme. Afinal, contar a história de amor de pessoas de terceira idade, não é para qualquer um, ainda mais dirigindo esses dois monstros sagrados. Na 1a parte da história eu confesso até estar me sentindo incomodado com alguns sub-plots, como a do gerente do supermercado, Mike, mas depois tudo se esclarece e fica plausível. Outro item que me incomodava eram os recorrentes efeitos de tela azul e vermelha, algo como fantasmas passeando na tela, e isso também se explica na trama.
O filme narra a história de Robert Malone ( Landau), um idoso solitário que trabalha em um supermercado, gerenciado por Mike. Um dia, ele observa, ele conhece Mary ( Burtsyn), uma senhora que se muda para a casa da frente junto de sua filha, Alex ( Elisabeth Banks). Os dois imediatamente se apaixonam, e se vêem até a véspera do Natal, quando prometem passar o dia todo juntos. Tímido, Robert se deixa levar pela espevitada Mary, até que um segredo surge para transformar a vida dos dois.
O roteiro é engenhoso em enganar o espectador algumas vezes, como no lance dos remédios. Muita gente pode reclamar do excesso de melodrama da história, mas eu gostei, acho que resgata um tipo de filme que se faz muito pouco hoje em dia. Lindo, lírico, um rico painel de tipos solitários que deixa a gente com lágriuma no canto dos olhos. Simples na forma, mas feliz no resultado.
Nota: 8
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