quarta-feira, 4 de maio de 2022

Vamos todos à feira mundial


 "We're all going to the world's fair", de Jane Schoenbrun (2021)

Exibido em Festivais importantes como Sundance, onde entrou em competição, "Vamos todos à feira mundial" é vendido como terror, mas está muito longe disso. Escrito e dirigido pela cineasta não binária Jane Schoenbrun, o filme é uma tentativa de trazer terror ao universo adolescente, a protagonista que vive 24 horas em frente a um computador que fica no sótão, e ali, sozinha, sem pais nem amigos, ela participa do jogo de RPG de terror "Wolrd's fair". Chato, pretensioso, o filme traz Casey (Anna Cobb, em sua estréia como atriz). ela se inscreve no challenge do jogo e passa a gravar vídeos. Um dos membros, JLB (Michael J. Rogers), diz que quer ver os vídeos dela em seu processo de transformação. O rito de iniciação consiste na pessoa falando três vezes " I want to play World's fair", cortar o dedo e respingar o sangue na tela do computador.

Não fica claro se JLB, que é um homem mais velho, se preocupa de verdade com Casey ou se é um pedófilo assediador. O filme tem um roteiro confuso, e pelo que parece, é um projeto que traz alerta sobre o excesso de vida online que traz depressão, ansiedade e surtos. Mas a proposta apresentada não fica clara, é um filme que não atrai público adolescente pelo seu olhar mais autoral. Promete, mas não cumpre.

Nenhum comentário:

Postar um comentário