"Ilargi Guztiak", de Igor Legarreta (2021). Excelente drama fantástico de terror, vencedor de prêmios no Festival Fantasia. O filme é uma co-produção Espanha/França, e percorre o período de 1876 a 1932, que vai do final da Terceira guerra Carlista até o início da Guerra civil espanhola. Em um orfanato, mora uma menina, Amaia (Haizea Carneros, spetacular). Quando um bombardeo acontece, as freiras e as crianças morrem, ficando apenas Amaia entre a vida e a morte. Surge então uma mulher misteriosa, (Itziar Ituno), que lhe morde o pescoço e a salva. A mulher a leva com ela até uma caverna escura, e ficamos sabendo então que a mulher é uma vampira e que, por solidão, mordeu a menina para que ela viva com ela e lhe faça companhia. A menina, chamando a mulher de mãe, aprende que precisa evitar o sol e ficar na escuridão. Quando o covil dos vampiros é atacado, Amaia foge, mas cai de um penhasco. Ela
e salva por um homem, Conrado, que a leva com ela e passa a cuidar dela. Conrado perdeu sua mulher e filha e passa a cuidar de Amaia como se fosse sua filha. Com o passar dos anos, Amaia mantém a mesma aparência de criança, e as pessoas àa sua volta morrem de velhice. Cansada de ser imortal, Amaia decide ir atrás de sua mãe, a única que lhe pode devolver e mortalidade.
Lindamente filmado, com uma fotografia esplendorosa e locações que acentuam a melancolia da narrativa, o filme lida com temas como maternidade e imortalidade, solidão, morte, de forma que já vimos antes em filmes como "Entrevista com o vampiro"e "Fome de viver", mas aqui tudo é pelo olhar de uma menina, com um olhar lúdico e fantástico, tal qual "O labirinto do fauno". Um excelente filme que lida com o tema do vampirismo com muita dignidade e visão artística.
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