quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

A cura

"Cure for wellness", de Gore Verbinski (2017) Fantasia de terror dirigido e co- escrito por Gore Verbinski, famoso por dirigir "Piratas do Caribe", " O chamado" e a animação"Rango". Misture no mesmo filme "A ilha do medo", " O iluminado", " Frankenstein" e mais alguns filmes que não posso citar para não date spoiler e você terá " A cura", um filme tecnicamente magistral. A fotografia escandalosa, a direção de arte, a trilha sonora, a edição de som e principalmente a Locacao da mansão contribuem para dar a atmosfera e clima apropriado que Verbinski quiz dar ao seu filme. Ele tem um olhar vintage sobre os filmes de cientistas. O roteiro brinca com a alucinação e paranoia, fazendo com que o protagonista se assemelhe bastante ao de Leonardo de Caprio no filme de Scorsese. Lockhart ( o ótimo Dane Dehaan) é um jovem ambicioso que trabalha para uma grande empresa em Nova York. Para encobrir um falcatrua que ele fez, seus chefes o mandam até a Suíça para ir atras de um dos chefes, que se internou em uma famosa clinica para recuperação e bem estar. Chegando lá, Lockheart se depara com uma realidade que parece muito diferente do que aparenta ser. Com 142 minutos, seria fácil dizer que o filme tem um exagero em sua duração. Sim, tem, mas entendo a lógica de Verbinski de fazer um filme psicológico e que trouxesse aos poucos os elementos da trama para o espectador, assim como fez Kubrick em "O iluminado". A história instiga e a gente fica cheio de teorias acorda do que está de ato acontecendo. A direção só erra ao trabalhar os funcionários do local sempre com uma cara amarrada, não havia necessidade dessa caricatura. O elenco é todo de desconhecidos, o que foi um grande acerto. De fato é um filme visualmente estonteante, como há muito tempo eu não tinha visto. Vale assistir, não é perfeito, mas é um raro filme de gênero cheio de estilo e que custou uma fortuna. Verbinski foi corajoso.

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