sexta-feira, 16 de junho de 2023

Sparta

"Sparta", de Ulrich Seidl (2022) Rejeitado em quase todos os festivais em que foi inscrito, o filme do provocativo cineasta austríaco Ulrich Seidl é baseado em abusiva história real: em 2001, um professor alemão de karatê, Markus Roth, criou uma escola na área pobre da Romênia e recrutou meninos para aulas gratuitas. As aulas eram fachada para uma rede mundial de pedofilia. Markus gravava os meninos em roupas íntimas e nús em seus banhos e vendia o material. Porém, o que provocu a ira dos festivais e organizadores foi a matéria publicada na revista alemã Der Spiegel, alegando que Ulrich mentiu para as crianças e seus pais, escondendo o tema do filme e que o protagonista que contracenava com eles interpretava um pedófilo. Isso gerou o tema da ética profissional, e com certeza, aqui no Brasil isso resultaria em prisão para os envolvidos. Mas como na Europa muita coisa vira terra de ninguém, ficou elas por elas, até porque as família pobres não tinham condições de avançar com processos, pelo menos, não até o momento. O filme foi rodado em conjunto com "Rimini", também de Seidl. Em 'Rimini" e "Sparta", somos apresentados a 2 irmãos, que se unem com a doença do pai nazista que está doente. Jonnhy Bravo é um cantor decadente de hotel na Itália. Eqld é um funcionário de usina nuclear na Romênia, e namora uma garota local. Mas ele desiste do namoro e decide construir uma escolinha de artes marciais, chamada Sparta, e convoca os meninos dos bairros pobres da Transilvânia. Fico pensando em quão complexo e atordoante deve ter sido para o renomado ator austríaco Georg Friedrich Ewald dar vida a Ewald, em cenas bastante polêmicas. Seild não tem questão com temas explosivos, vide seus filmes anteriores, que tratam de temas e personagens abusivos, misógenos, repulsivos e violentos. Não tem como recomendar o filme para ninguém.

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