Dark nature

"Dark nature", de Berkley Brady (2022) Em 2005, o cineasta inglês Neil Maschall lançou um clássico do terror com protagonismo femenino, chamado "O abismo". O grupo de mulheres entra em uma caverna e se perde, e cada uma das mulheres começa a criar atrito com as outras, até que decsobrem que a caverna está povoada de criaturas carnívoras. A cineasta e roteirista canadense Berkley Brady decide retomar essa mesma narrativa e daí surge "Dark nature". Joy (Hannah Emily Anderson) vive um relacionamento tóxico com seu namorado Derek (Daniel Arnold). Abalada emocionalmente, ela aceita o convite de sua amiga Carmen (Madison Walsh) para acompanhá-la em um retiro terapêutico com a Dra. Dunley (Kyra Harper), uma renomada conselheira conhecida por sua abordagem pouco ortodoxa de tratamentos traumáticos. No grupo estão também Tara (Helen Belay) e uma ex-soldada Shaina (Roseanne Supernault). elas fazem trilha nas montanhas rochosas de Calgary, Alberta. Durante o trajeto, Joy acredita estar sendo perseguida por Derek e passa a fiocar assustada, até que as outras mulheres também passam a ter visões. O mais curioso do filme é que nos créditos finais, a produção agradece as autoridades de Calgary pela filmagem. Nem devem ter sabido que o filme mostra justamente a locação como lugar perigoso e lar de monstros, o que afasta a visitação. No mais, é um filme de baixo orçamento que traz uma perspectiva de filme de terror somente com mulheres na equipe e elenco. O probelma maior é que a virada na trama demora muito a acontecer, até lá, o filme fica bastante arrastado. Mas vale a pena assistir, pois bota me pauta os traumas femininos em relação a uma sociedade misógena e machista.