sexta-feira, 9 de junho de 2023

Crescendo juntas

"Are you there God? It's me, Margareth", de Kelly Fremon Craig (2023) Preciso dizer: "Crescendo juntas" é dos melhores "coming of ages" que já assisti, junto de filmes primorosos como "A vantagem de ser invisível", "Conta comigo" e "Quase 18", que é dirigido e escrito pela mesma cineasta. Kelly adaptou o livro clássico de Judy Blume lançado em 1970 e desde então, livro de cabeceira de muitos adolescentes no mundo inteiro, por trazer pensamentos e conlitos de uma menina de 11 anos, com os típicos problemas que afligem a todas as meninas; 1a menstruação, o 1o sutiã, o 1o amor, os conflitos familiares envolvendo questões como mudança de cidade, religião. Ambientado em 1970, o filme acompanha Margaret (Abby Ryder Fortson, extraordinária), aluna da sexta série, que é obrigada a se mudar para New jersey por conta do trabalho de seu pai, Herb (Benny Safdie, maravilhoso). Mas é com sua mãe Barbara (Rachel McAdams) que Margareth se identifica: Barbara abandonou as aulas de arte que dava na escola e se torna dona de casa. As duas, juntas, precisam lidar com ess enovo mundo, que envolve crescer juntas, descobrir fatos novos e serem felizes. Em seus momentos de confusão mental, Margareth só tem uma única pessoa a quem recorrer: Deus. Apesar do títuloe. da premissa, o filme não é digmático nem religioso. Pelo contrário, discute a religião católica, judaica, a igreja Gospel, sempre com respeito e deixando claro que até o ateismo é bem vindo. A pauta do filme é a livre escolha. Os pais de Herb são judeus ( Kathy Bathes está fenomenal como Sylvia) e os pais de Barbara são católicos, e ela foi abandonada por eles quando decidiu se casar com Herb. O filme é repleto de momentos inspiradíssimos e muito divertidos, eu memso dei altas gargalhadas. Mas a emoção é uma tônica também, como manda o cardápio dos "feel good movies". O elenco juvenil também funciona muito bem, o grupo das amiguinhas novas lideradas por Nancy (Elle Graham, ótima como a Bitchy) e Janie e Gretchen é muito divertido. A cena de Nancy ensinando as meninas a fazerem os seios crescer é icônica.

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