quinta-feira, 15 de junho de 2023

Bem vindos de novo

"Bem vindos de novo", de Marcos Yoshi (2021) Eu, como asiático, me senti totalmente represnetado por esse emocionante documentário brasileiro dirigido pelo descencente de japoneses Marco Yoshi. O filme é um diário corajoso, por expôr a vida de sua família em mínimos detalhes, e por ter como pano de fundo um Brasil do desemprego, da falta de perspectiva e oportunidade para pessoas com mais de 40 anos, que por mais que tenham experiência e força de vontade, não encontram oportunidades de trabalho digno. Para quem é asiático, sabe que dificilmente os integrantes de gerações mais velhas expressasm suas emoções. São frios, duros e dedicam sua vida inteiramente ao trabalho e a ensinamentos de como ser honesto, mesmo que para isso, tenha que construir uma máscara de frieza e de seriedade. Marco Yoshi, formado em cinema, decidiu fazer um registro de seus pais, Roberto e Yayoko Yoshisaki. O filme mescla imagens de arquivo, fotos, VHS, ou seja, todo tipo de material que qualquer família guardaria como lembrança. É através dessas imagens que Marcos faz a descrição de seus pais: no final dos anos 90, eram donos de uma loja de comséticos na divisa de Foz do Iguaçu com o Paraguai, vendendo para sacoleiros de todo o país. Mas com a crise econômica e a abertura de importação, a loja faliu. Sem vislumbrrar nennhuma possibilidade de trabalho, o casal decide viajar ao Japão e trabalhar como dekasseguis (descendentes de japoneses que trabalham em fábricas no japão, um serviço terceirizado que o japon6es local não quer). Deixando os 3 filhos ainda jovens aos cuidados dos avós e tios, o que era para ser 2 anos de trabalho fora, acabou sendo 13 anos. Nesse período, quando os pais retornam, já não existe reconhecimento: pais e filhos não se conhecem mais. Registrando até antes da pandemia, Marcos faz uma narrativa onde descreve em offs seus sentimentos de filho abandonado e como o filme se tornou uma espécie de terapia de reaproximação. mas o filme é repleto de reviravoltas dramáticas e confesso que no desfecho eu saí emocionalmente arrasado.

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