quinta-feira, 22 de junho de 2023

Pamfir

"Pamfir", de Dmytro Sukholytkyy-Sobchuk (2022) Filmes angustiantes como "Um herói", de Asghar Farhadi, "Dançando no ecsuro", de Lars Von Triers ou dramas humanistas dos irmãos Dardenne possuem um tipo de gatilho emocional que às vezes me fazem querer sair do cinema. Os roteiros e a direção trazem um teor de sadismo com a jornada dos protagonistas, que cada vez vão se fudendo mais e mais, que chega a um nível de insuportável. É assim também com esse drama tenso do ucraniano Dmytro Sukholytkyy-Sobchuk, em seu impressionante filme de estréia. Vencedor de 18 prêmios internacionais e concorrendo em importantes festivais como Cannes, o filme tem uma fotografia e um trabalho de câmera incríveis, compostos por planos-sequências magistralmente marcados. O protagonista é Leonid (Oleksandr Yatsentyuk), que retorna à sua vila na Ucrânia após anos trabalhando na Polônia. Leonid reencontra sua esposa Olena (Solomiya Kyrylova) e o filho adolescente Nazar (Stanislav Potyak). Olena é amorosa e trabalhadora e fica feliz com o retorno do marido, que no passado, fazia contrabandos, mas largou essa vida para felicidade da esposa. Um dia, Nazar é obrigado a tomar conta da igreja da vila e acidentalmente provoca fogo no local. O pastor quer que Loenid pague pelo prejuizo, mas que não comente nem com a esposa, o filho nem ninguém que a auotira foi do filho e que ele vai bancar o prejuízo. Sem dinheiro, leonid decide voltar a trabalhar com contrabando, mas provoca a ira do chefão da cidade. Tendo um Festival como pano de fundo, "Pamfir", que significa "pedra", é um filme tenso e bastante imprevisível. Tem uma cena que lembra a famosa cena de porradaria de "Oldboy": Leonid briga com dezenas de capangas do chefão sozinho, em plano sequência. Fiquei encantado com a técnica e o excelente trabalho dos atores, mas profundamente irritado com o personagem do adolescente rebelde e com a trajetória do pober Leonid e sua esposa.

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