domingo, 11 de junho de 2023

Judy Blumer para sempre

"Judy Blumer forever", de Davina Pardo e Leah Wolchok (2023) Judy Blumer, a famosa escritora de romances juvenis que revolucionaram gerações a partir dos anos 70, surge oportunamente em 2 produções premiadas e que arrebataram a crítica: a comédia dramática "Crescendo juntas", de Kelly Fremon Craig, adaptada do romance mais conhecido da autora "Are you there God? It's me, Margareth", de 1970; e o documentário "Judy Blum para sempre", de Davina Pardo e Leah Wolchok, todas as duas produções dirigidas por mulheres. O filme foi exibido com sucesso no Festival de Sundance, e é apresentado pela própria autora, hoje com 83 anos de idade, morando na Flórida, Ky West, onde possui uma livraria e passa as tardes assinando dedicatórias no público que vem vê-la na loja. Judy vendeu mais de 80 milhões de livros, escritos a partir de 1970: o 1o deles, "Are you there God? It's me Margareth", foi uma grande mudança no comportamento dos americanos: pela 1a vez, uma personagemm uma menina de 11 anos, falava abertamente sobre mudança de corpo, hormônios, sexo, garotos, menstruação, sutiã e seios. Até então, os romance sjuvenis eram romantizados e ingênuos. Judy se baseou na sua história e de amigas próximas. Judy nasceu em New Jersey e em 1945, ao fim da 2a guerra, tinha 7 anos. Ela amava seus pais, especialmente seu pai, que morreu jovem faltando 5 dias para o seu casamento. Judy teve 2 filhos, e seu marido, um advogado, queria que ela cuidasse dos filhos e da casa. Judy decidiu que queria escrever, e passou a ilustrar livros infantis, que foram todos rejeitados pelas editoras. Mas a rejeição lhe criou mais forças até que teve seu primeiro romance publicado em 1970,e a partir daí, não parou mais, escrevendo a trilogia do menino Fudge e o livro 'Bubbler", sobre uma menina que sofre bullying por não ter o corpo padrão, numa época que a palavra bullying ainda não era usada. O filme entrevista celebridades que cvresceram lendo os livros, como a. atriz Molly Ringwald, a diretora Lena Dunham e a atriz Samantha Bee. Entrevista também autores, editores e leitores que na época crianças, escreviam cartas para Judy, e hoje, adultas, agradecem a autora pela descoberta sexual e aceitação do corpo. Judy termina o filme falando sobre velhice e dizendo que aos 83 anos, não se sente velha.

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