quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

O sol


"Yanguang Puzhao", de Chung Mong-Hong (2019)
Indicado por Taiwan a representar o país à uma vaga ao Oscar de filme estrangeiro em 2021, "O sol"ganhou dezenas de prêmios internacionais. O filme é um drama épico, de quase 2:40 horas, um retrato devastador e emocionante de uma família classe média: o pai A-wen (Yi-wen Chen), um instrutor de auo-escola; a mãe, Qin (Samantha Kho), uma cabeleireira de um salão dentro de uma boite; o filho mais velho, A-Hao (Greg Han Hsu), o preferido do pai, bonito, inteligente, sério e estudante de medicina; e o filho mais jovem, o rebelde e problemático A-Hao (Chien-Ho Wu). Após um inidente de A-Hao com seu amigo Radish, um bandido que extorque dinheiro, A-Hao é preso. Seu pai decide que a justiça que cuide dele e o abandona à sua sorte, para surpresa de sua esposa. Uma mulher procura Qin e diz que A-Ho engravidou a filha dela. Por sua vez, A-Hao se sente pressionado em ser ser o melhor estudante. Quando A-Hao sai da prisão, anos depois, as coisas estão diferentes.
Intenso, "O sol" une poesia, violência, drama e romance em um retrato realista sobre uma família que tenta encontrar formas de se manter unida, mesmo depois de tantas tragédias. De certa forma, o filme lembra bastante o tema de "Vidas amargas", com o filho rebelde tentando provar ao pai que ele é capaz de mudar. A longa duração do filme prejudica a narrativa, ainda mais com o ritmo lento, mas vale assistir principalmente por dois momentos antológicos: o velório, emocionante, e a cena final à beira da montanha, com o casal mais velho fazendo revelações. As atuações dos atores principais é arrebatadora, e vale muito assistir.

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