"Collective", de Alexander Nanau (2020)
Incluso na lista do ex Presidente Barack Obama entre os melhores filmes de 2020, "Collective" é um documentário romeno indicado pelo País à uma vaga ao Oscar de filme estrangeiro em 2021. O tema é muito íntimo aos brasileiros: em 31 de outubro de 2015, na boite Collective, em Bucareste, um grupo de heavy metal se apresentava nos palcos. Ao final de uma apresentação, fogos de artifício foram lançados. O teto imediatamente pegou fogo. 27 pessoas morreram no local, com 180 feridos. Meses depois, 37 feridos morreram nos hospitais. Jornalistas do jornal Gazette sportiv, entre eles, Catalin Tolontan e Mirela Neag resolveram ir à fundo nas investigações e descobriram uma máfia no sistema de saúde que envolvia políticos, hospitais e médicos, além de uma empresa que fabricava desinfetante para os hospitais. Os desinfetantes eram diluídos e nos exames laboratoriais relataram que não eliminavam bactérias. Todos os feridos que morreram, tiveram infecção hospitalar por cont das bactérias. O povo se rebelou, foram às ruas, e esse manifesto influenciou nas eleições seguintes.
"Collective" é um filme audacioso, investigativo, que apresenta o mundo cruel das instituições corruptas interessadas apenas em dinheiro. Muito triste testemunhar que as vidas humanas não importam quando se tem dinheiro em jogo. Fiquei abismado como foram coletadas as imagens dos depoimentos, das reuniões. Mas a imagem mais impactante é definidamente, a que mostra o show na boite, os fogos e depois, o incêndio consumindo tudo. Impossível não se lembrar da Boite Kiss aqui no Brasil.
O filme fez enorme sucesso em Sundance, Veneza e outros importantes festivais.
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