"Mogul Mowgli", de Bassam Tariq (2020)
Vencedor do Prêmio Fipresci no Festival de Berlin 2020, "Mogul Mowgli" traz Riz Ahmed, protagonista do excelente "O som do silêncio", praticamente repetindo o mesmo papel: aqui, ele é um rapper que descobre ter uma doença degenerativa auto-imune que vai fazendo o seu corpo perder os movimentos. Ele está às vésperas de um tour pela Europa e entra em crise pessoal e profissional. Porém, o trabalho de Riz Ahmed é tão poderoso, extraordinário e avassalador, que ele faz o mesmo personagem em cores e tons totalmente diferentes nos dois filmes. E a relação dele com o seu pai paquistanês, Bashir (Alyy Khan, memorável e cativante) é de fazer qualquer espectador chorar sem parar.
Zed (Ahmed) é o nome artístico do rapper inglês/paquistanês Zaaed. Morando em Nova York junto de sua namorada Bina, ele se prepara para uma tour na Europa, que será muito importante para a sua carreira. Em Londres, ele visita seus pais, que ele não v6e há dois anos. Tanto os pais quanto os amigos comentam que Zaaed inclusive renegou o seu nome de batismo e a sua cultura, em prol de um estilo de vida americanizado. Quando Zaaed passa a sentir sintomas de uma doença, logo descobre que não consegue mais usar seu corpo e que irá perder a tour. Seu pai fica o tempo todo cuidando dele, e enquanto isso, fantasmas do passado assolam Zaaed, em busca de sua reintegração cultural.
Eu nem sabia, mas Riz Ahmed é um Rapper já estabelecido, chamado de Riz Mc. O roteiro foi escrito junto do diretor, o também inglês/paquistanês Bassam Tariq. É um filme muito emotivo, realista, que comove pelos diversos temas que propõe, sendo o da reconciliação pai e filho a mais emocionante A cena final é antológica, além da cena do telefonema de Zaaed com sua namorada Bina por telefone, foda foda foda, show de atuação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário