segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

Mogul Mowgli


"Mogul Mowgli", de Bassam Tariq (2020)
Vencedor do Prêmio Fipresci no Festival de Berlin 2020, "Mogul Mowgli" traz Riz Ahmed, protagonista do excelente "O som do silêncio", praticamente repetindo o mesmo papel: aqui, ele é um rapper que descobre ter uma doença degenerativa auto-imune que vai fazendo o seu corpo perder os movimentos. Ele está às vésperas de um tour pela Europa e entra em crise pessoal e profissional. Porém, o trabalho de Riz Ahmed é tão poderoso, extraordinário e avassalador, que ele faz o mesmo personagem em cores e tons totalmente diferentes nos dois filmes. E a relação dele com o seu pai paquistanês, Bashir (Alyy Khan, memorável e cativante) é de fazer qualquer espectador chorar sem parar.
Zed (Ahmed) é o nome artístico do rapper inglês/paquistanês Zaaed. Morando em Nova York junto de sua namorada Bina, ele se prepara para uma tour na Europa, que será muito importante para a sua carreira. Em Londres, ele visita seus pais, que ele não v6e há dois anos. Tanto os pais quanto os amigos comentam que Zaaed inclusive renegou o seu nome de batismo e a sua cultura, em prol de um estilo de vida americanizado. Quando Zaaed passa a sentir sintomas de uma doença, logo descobre que não consegue mais usar seu corpo e que irá perder a tour. Seu pai fica o tempo todo cuidando dele, e enquanto isso, fantasmas do passado assolam Zaaed, em busca de sua reintegração cultural.
Eu nem sabia, mas Riz Ahmed é um Rapper já estabelecido, chamado de Riz Mc. O roteiro foi escrito junto do diretor, o também inglês/paquistanês Bassam Tariq. É um filme muito emotivo, realista, que comove pelos diversos temas que propõe, sendo o da reconciliação pai e filho a mais emocionante A cena final é antológica, além da cena do telefonema de Zaaed com sua namorada Bina por telefone, foda foda foda, show de atuação.

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