sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

O brutalista

"The brutalist", de Brady Corbet (2024) Prêmio de melhor direção no Festival de Veneza 2024, "O brutalista" é co-escrito e dirigido por Brady Corbert, com uma fotografia espetacular de Lol Crawley, rodado com câmeras VistaVision e lançada em 70 mm. O filme ficou conhecido no mundo inteiro e virou meme por conta de sua longa duração: 3hrs 34 minutos, e sendo exibido nos cinemas com 15 minutos de intervalo após a primeira 1hr 40. O filme é dividido em capitulos temporais e um epílogo. Após a 2a guerra mundial, o austríaco-húngaro Lazlo Toth (Adrian Brody) desembarca de navio em Nova York, e é recebido pelo seu primo Atilla, dono de uma loja de móveis próprios na Filadélfia. Ele dorme em um depósito apertado e vai comer em um abrigo, onde conhece George e o filho dele, que virão a ser seus amigos. Um dia, Harry Lee Van Buren (Joe Alwyn), filho do milionário Harrison (Guy Pearce) contrata a loja para remodelar a biblioteca na mansão do pai e ser uma serpresa. Lazlo, que foi um arquiteto de renome na Hungria mas caiu em desgraça, projeta a biblioteca. Harrison chega e fica irritado com a obra, e expulsa Atilla e Lazlo. Attila pede para Lazlo sair de sua casa, e acaba indo morar em um abrigo e trabalhando como carvoeiro. Harrison surge no trabalho de LAzlo, pedindo desculps e contratanto ele para projetar uma obra faraônica: um monumento em homenagem à sua falecida mãe, com complexos de ginástica, auditório e biblioteca. Lazlo , com ajuda do advogado de Harrison, consegue trazer sua esposa, a jornalista húngara Erzsébet (Felicity Jones) e sua sobrinha Zsófia (Raffey Cassidy). Rodado em Budapeste, Hungria, e em Carrara, Itália, na cena mais bela do filme, nas montanhas de extração de mármore, o filme é um épico intimista sobre um homem brutalizado pela vida, em duplo sentido com o título do filme. O filme introduz no 2o ato uma cena bastante polêmica que foi objeto de crítica de muitos críticos e público, e que muda totalmente o perfil de um importante personagem. O personagem de Adrien Brody é difícil de se apaixonar, por ser um homem egoísta, arrogante, misógeno e ambicioso. É um ótimo trabalho de Brody, de fazer o espectador acompanhar o seu personagem, mesmo com tantos atos repudiantes, incluindo uma em que injeta heroína em uma personagem. É cansativo? Sim. Mas a direção de Cobert é tão precisa, fazendo uso de um orçamento mega apetado, e ainda assim, trazendo um enorme valor de produção ao filme. Guy Pearce está ótimo, assim como Felicity Jones e a sua cena de confronto no jantar, que certamente lhe deu a indicação ao Oscar.

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