terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

Hard truths

"Hard truths", de Mike Leigh (2024) Em 2008, o cineasta inglês Mike Leigh lançou "Simplesmente feliz", filme com Sally Hawkins interpretando uma mulher de bem com a vida e que encontra motivos para ser feliz, mesmo em situações pouco favoráveis. Com "Hard truths", Leigh traz um filme que emocionalmente o oposto de "Simplesmente feliz": Marianne Jean-Baptiste interpreta uma mulher rancorosa, mau humorada e que não encontra motivos para ser feliz, fazendo a vida de todos que a rodeiam, um verdadeiro inferno. Leigh já havia filmado com Marianne no excelente 'Segredos e mentiras", Palma de ouro em Cannes 1996, e agora repete a parceria quase 30 anos depois!!!!! Marianne é Pansy, casada com Curtley (David Webber), e pais de Moses (Tuwaine Barrett). Curtley é encanador e por conta do temperamento agressivo e tempestuoso de Pansy, se toprnou um homem quieto e passivo. Moses se tranca em seu quarto e Pannsy o acusa de ser preguióco e sem ambições, mas a verdade eé que ele teme sua mãe, que o recrimina e o critica em tudo, e isso fez com que ele se tornasse um loser. A irmã de Pansy, Chantelle (Michele Austin), é dona de um salão de beleza e mãe de duas filhas adolescentes. Charlotte é o oposto de Pansy: feliz, alto astral e de bem com a vida. Ela procura Pansy para visitarem o túmulo da mãe delas, que comemora 5 anos de falecimento. Traumas do passado de Pansy vem à tona: a mãe delas sempre favoritou Charlotte, e Pansy teve que cuidar de Charlotte na ausência da mãe. Sentindo-se inferiorizada, Pansy se tornou uma mulher amargurada. MArianne interpreta uma das personagens mais antipáticas e irritantes do cinema atual, e não é fácil dar vida à ela, pois é difícil do espectador simpatizar com a sua pessoa, que vive aos gritos e maltratando a todos. É uma performance espetacular, infelizmente sme reconhecimento no Oscar. Todo o elenco está excelente. Os personagens masculinos, abafados e silenciados pela força de Pansy, são um caso à parte. Um drama com tintas de um humor ácido, cruel e melancólico.

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