terça-feira, 30 de junho de 2020
Roman Polanski: procurado e desejado
"Roman Polanski: wanted and desired", de Marina Zenovich (2008)
Dirigido pela documentarista Marina Zenovich, "Roman Polanski: procurado e desejado" foi lançado como comemorativo dos 40 anos de fuga de Polanski dos Estados Unidos, após 11 meses de um julgamento onde ele era acusado de ter tido relações sexuais com uma menor de 13 anos, de idade, além de lhe ter oferecido drogas e álcool.
Em 1977, Polanski contratou Samantha Geimer, então com 13 anos de idade, levada por sua mãe, uma atriz, para fazer uma sessão de fotos com Polanksi na mansão de Jack Nicholson, amigo de Polanski após o grande sucesso de "Chinatown". Polanski fez as fotos com a jovem numa na piscina. Logo depois, ofereceu drogas, álcool e fez seco com ela, segundo Polanski em depoimento, consentido.
O filme apresenta um enorme prólogo falando quem era Polanski: sua infância na Polônia ( nasceu em Paris, a morte de seus pais em campo de concentração, as torturas que sofreu no campo. Começou a dirigir curtas e depois longas autorais, até fazer grande sucesso com "Repulsão", com Catherine Deneuve. Em Londres, dirigiu a comédia "A dança dos vampiros", que foi enorme sucesso, e ali conheceu sua esposa Sharon Tate. Polanski dirigiu "O bebê de Rosemary"e o filme estourou. Ambos se mudaram para Los Angeles, e em 1969. Sharon Tate foi assassinada pelo grupo de Charles Mason em sua mansão. A imprensa acusou Polanski de ter participação no ritual do massacre, por conta dos rituais de bruxaria que mostrou no seu filme "O bebê de Rosemary". Anos depois, com o sucesso de "Chinatown", Polanski parecia ter tido paz, até acontecer o caso de Samantha Geimer. O filme então, passa a discutir o julgamento com todos os envolvidos,: advogado de acusação, o de defesa, repórteres, amigos de Polanski, e o Juiz da causa. A questão que o filme levanta, é a espetacularização do julgamento, muito por conta do Juiz Laurence J. Rittenband, famoso por amar os holofotes e querer causas de atores famosos para si. Ritterand tornou todo o julgamento um grande circo onde ele seria o elemento principal de condução, o Diretor. Temendo o pior, Polanski fugiu para a Europa, 11 meses depois.
O filme é obrigatório para estudantes de direito, e também para cinéflos, pois contém cenas de filmes do cineasta, além de imagens de bastidores, com entrevistas de produtores, atores que trabalharam com Polanski.
O filme não toma partido, e mesmo sendo dirigido por uma mulher, apresenta os dois lados da moeda, dando voz a ambos os lados.
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