domingo, 7 de junho de 2020
1941- Uma guerra muito louca
""1941" de Steven Spielberg (1979)
Sempre resisti de assistir a esse filme porquê todo mundo dizia que era muito ruim. Como só faltava esse título para eu fechar a filmografia de Spielberg, resolvi investir. E o filme é uma prova de que , mesmos talentos inquestionáveis, na frente e atrás das câmeras, também erram. É injusto colocar a culpa apenas em Spielberg dessa mega bomba colossal. Spielberg dirigiu; Robert Zemeckis e Bob Gale, que escreveriam anos depois a obra-prima "De volta para o futuro", escreveram o roteiro; John Milius, roteirista de "Apocalipse now", fez a produção executiva. E em todos esses quesitos, o filme falha. No elenco, comediantes reconhecidos como Dan Akroyd, John Belushi
(ambos fariam 2 anos depois a obra-prima "Os irmãos cara de pau" e John Candy não têm nenhuma graça. Nancy Allen, grande estrela da época, casada com Brian de Palma ( que se formou na Ucla junto de toda essa galera, além de George Lucas) até hoje deve ter vergonha da sua personagem, uma ninfomaníaca tarada por aviões e que transa com qualquer um que a leve para voar.
Spielberg é excelente em filmes de ação e aventura e disso ninguém tem dúvida que ele é Mestre, até mesmo em dramas reconhecidos. Mas a comédia simplesmente não funcionou. Nenhuma piada visual ou dita em falas tem graça. É nítida a impressão de que os efeitos e a megalomania da produção suplantou o roteiro e o trabalho de direção de atores. Tá tudo forçado, nada parece querer fazer sentido em um filme que foi lançado em versões diferentes ( a do estúdio, com 2 horas, e a versão do diretor, com 145 minutos). O filme tem dezenas de sub-plots, muitos personagens mal desenvolvidos, costurados por uma trama até original, mas que não emplaca: depois do ataque de Pearl Harbor, os americanos ficam na paranóia de que os japoneses irão atacar outra cidade litorânea do Estados Unidos. Califórnia fica em polvorosa, e civis e militares se preparam para um iminente ataque. Paralelo, um submarino japonês, pilotado pelo ator Toshiro Mifune, de filmes de Kurosawa, querem chegar de submarino para Hollywood e destruir tudo.
Spielberg se auto -parodia no início, quando ele repete os mesmos planos dando a falsa impressão de estarmos vendo 'Tubarão", incluindo a trilha famosa de John Willians. Depois, uma outra referência a "O encurralado". Feito entre "Contatos imediatos do terceiro grau"e "Caçadores da arca perdida", "1941" é uma bola fora de todos e que revisto hoje, é um festival de machismo, sexismo e racismo contra os orientais, numa mega hiper caricatura.
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