sexta-feira, 18 de janeiro de 2019
Millenium- A garota na teia de aranha
"The Girl in the Spider's Web ", de Fede Alvarez (2018)
A carreira do jovem Cineasta uruguaio Fede Alvarez é impressionante. Quando resolveu bancar o seu curta "Panick Attack" em 2009, o cineasta americano Sam Raimi ficou tão impressionado que o convidou para dirigir o remake de "Evil dead". Logo depois, Fede filmou o seu maior sucesso, o ótimo "O homem nas trevas". Agora Fede prossegue a franquia americana de "Millenium", iniciada com o excelente filme de David Fincher com Rooney Mara e Daniel Craig. Nengum dos 3 retornou para essa continuação, e foram convidados Fede Alvarez e os atores Claire Foy ( do seriado "The crown") e Sverrir Gudnason ( ator sueco que interpretou Bjorn Borg em "Borg e Mcenroe") para darem vida aos hackers Lisbeth Salander e Mikael Blomkvist.
O filme acontece 3 anos depois do filme anterior. Logo de cara tem um prólogo mostrando que Lisbeth, quando criança, tinha uma irmã, Camilla, ambas assediadas pelo pai, um criminoso. Lisbeth conseguiu fugir, mas Camilla ficou. Lisbeth agora é uma justiceira, que salva as mulheres de homens assediadores e violentos. Ao ser contratada por um cientista para roubar um programa que ele mesmo criou das mãos dos americanos
esse programa tem o poder de detonar todas as bombas nucleares do mundo com um simples botão dado pela pessoa que controla o programa), Lisbeth acaba entrando em uma perigosa rede que envolve agentes americanos, agentes suecos e uma organização criminosa chamada "The spiders", comandada por uma pessoa misteriosa.
Para quem não sabe, o escritor sueco Stieg Larsson, autor da trilogia "Millenium", morreu em 2004. A sua família contratou o escritor David Lagercrantz para escrever novos livros, esse "Teia da aranha" é o 4o livro. Não li o livro, mas o filme infelizmente não chega aos pés da trilogia sueca filmada com a atriz Noomi Rapace, e idem ao filme de David Fincher. Muita gente reclamou que Lisbeth aqui virou uma agente tipo James Bond, toda fodona e comandando mega cenas de ação. Isso não me incomodou, achei as cenas ótimas e dão ritmo ao filme. Claire Foy é excelente atriz e ninguém tem dúvida disso. Mas para mim, ela aparenta muito mais velha que as outras atrizes quando a interpretaram. Lisbeth é uma hacker muito mais jovem, e esse é o barato da personagem. Claire já passou muito da idade para interpretá-la, e isso tirou o charme da personagem. Não que tenha atrapalhado assistir ao filme. O que mais me deixou de boca aberta, é a total falta de sutileza de Fede em dirigir os personagens secundários. Você de cara já sabe quem vai ser o vilão na história, mesmo sem ele precisar abrir a boca. Fira isso, o roteiro peca pela total obviedade. J;a sabemos o que vai acontecer muito no início. Ninguém pode er dúvida sobre quem é o líder da organização "The spider", coisa mais óbvia do mundo. Uma pena, mas essa revelação deveria ter sido algo apoteótico e arrebatador.
Mas o filme não é ruim. É bem produzido, tecnicamente perfeito, lindas locações na Suécia. Vale para um passatempo descerebrado em algum momento de tédio.
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