segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Contos de Nova York

"New York Stories", de Martin Scorsese, Francis Ford Coppola e Woody Allen (1989) Confesso, assisti a esse filme ahá exatos 30 anos, quando foi lançado nos Cinemas com enorme estardalhaço: afinal, 3 dos maiores Cineastas da época se reuniram em um filme e cada um contribuiu com o seu olhar sobre a cidade que tanto amam, e isso antes dessa franquia "Nova York, eu te amo", etc. Os cineastas não economizaram nos fotógrafos, para trazerem o olhar sobre a cidade mais cosmopolita e icônica do Mundo: Nestor Almendros com Scorsese, Vittorio Storaro com Coppola e Sven Nykvst com Allen. Me lembro que na época, eu somente havia gostado do episódio de Woody Allen, e acredito que muita gente também. O do Scorsese fiquei bem decepcionado, e do Coppola, uma chatice. Revendo, mudei de opinião: o do Scorsese tem elementos muito interessantes e é sim, um ótimo filme. o Do Coppola continua chato, e do woody Allen, uma pequena obra-prima da comédia. "Lição de vida" é o episódio de Scorsese e tem como protagonistas Nick Nolte e Rosana Arquette, além de uma participação especial de Steve Buscemi. Nick é um renomado Artista plástico, e está em crise para criar uma nova pintura para a exposição que o homenageará. Quando sua assistente Paulette (Arquette) chega, se inicia uma relação de amor e ódio. Lionel sustenta Paulette, que também é artista mas sem talento. Lionel não tem coragem de dizer a verdade. Mas ela é jovem, o inspira. "A vida sem Zoe", o episódio de Coppola, fala sobre um universo de Milionários em Nova York. Zoe, uma menina rica e solitária, cujos pais vivem viajando, passa seus dias se relacionando com funcionários e amigas mimadas. O que vale aqui é a direção de arte, requintadíssima, e a fotografia. Um passeio pelo Luxo e Glamour de NY. "Édipo arrasado" é o melhor de todos. O problema de filmes em episódios é esse, a gente fica comparando. Woody Allen protagoniza a história de um advogado cinquentão que tem um problema sério com sua mãe mega protetora. Ele quer apresentar sua nova namorada, Lisa (Mia Farrow) para sua mãe ( Mae Questel, fabulosa), mas ela detona ele o tempo todo e o faz passar vergonha. Até que durante um evento de mágica, a mãe desaparece após participar de um número. Rever esse curta, sabendo de todos os problemas de Allen e de Mia Farrow, dá um sabor triste a essa parceria tão genial entre os 2, que resultou em tantas obras-primas. Muito triste privar o público de novos filmes de Woody Allen. Aqui, ele mostra em altíssimo nível todos o primor de seus diálogos, direção e domínio de cena.

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