segunda-feira, 28 de janeiro de 2019
Criança perdida
"Lost child", de Ramaa Mosley (2017)
A premiada Cineasta independente americana Ramaa Mosley co-escreveu esse roteiro que trapaceia o espectador no gênero: todo mundo acha que é filme de terror mas....será?
Na verdade, o grande tema do filme é o abandono familiar. Pais que largam seus filhos à própria sorte, trazendo consequências trágicas.
No Imd o filme é vendido como terror, mas é uma pena ser anunciado assim, porquê o filme na verdade é um drama psicológico, e dos bons, algo na linha tensa de "O quarto de Jack".
Fern é uma mulher que retorna do front. em seu histórico, ela se alistou por conta do abandono de seu pai, que largou ela e seu irmão no meio da estrada. Fern retorna para sua casa, na pequena cidade interiorana de Ozarks, Missouri, para o enterro de sue pai. Mas na verdade, o que ela quer é reencontrar o seu irmão, que desapareceu. Durante suas buscas, Fern encontra um menino perdido na floresta, Cecil (Landon Edwards). Os moradores do local acreditam que ele é o Tatterdemalion, um demônio que seduz as pessoas para depois sugar sua energia.
O trabalho dos atores é o forte desse filme. Landon Edwards , no papel de Cecil, é impressionante: carismático, bom ator, um pequeno James Dean, daqueles que a gente quer dar um abraço para dizer: "Não se preocupe, estamos aqui para te proteger". Levem Ranbim no papel de Fern, dá um show, muito por conta dela trazer uma força para a antipática e irritante personagem que ela interpreta. É muito fácil sentir raiva dela pelo menos até 2/3 do filme.
O filme poderia ter sido mais enxuto, principalmente no epílogo, desnecessário, na floresta. O filme já havia acabado. A diretora e roteirista Ramaa Mosley deveria ter acabado seu filme 15 minutos antes. Mesmo assim, vale assistir.
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