quinta-feira, 5 de março de 2015
Simplesmente acontece
"Love, Rosie", de Christian Ditter (2014)
Os ingleses descobriram a Fonte da juventude: Nessa comédia romântica, acompanhamos 12 anos da trajetória dos personagens que simplesmente, não envelhecem. Com exceção das crianças, todos ficam exatamente iguais, o que confunde um pouco a narrativa. Fora isso, pasmem: esse é talvez, em anos, o filme mais açucarado, mais romântico, mais sessão da tarde, mais forçação de barra que vi recentemente. E isso é ruim? Não. Por alguns motivos:
1- O elenco inglês, formidável, como sempre. Destacando os protagonistas Lilly Collins ( de "Espelho, espelho meu", uma graça, charmosa, a própria heroína de contos de fada) e Sam Coflin ( ele é a cara do Hugh Grant aos vinte anos de idade, vai ser seu sucessor com certeza). Os protagonistas por pouco não roubam o filme, com destaque total para Jaime Winstone , a Ruby, melhor amiga de Rosie. Suas tiradas são sensacionais, e é o contraponto cômico do filme. Todo mundo sabe que em qualquer comédia romântica tem que existir a melhor amiga, e ela é brilhantemente executada por Jaime, que alterna humor e drama com muita propriedade, O filme se baseia no romance de Cecelia Ahern, "Where the rainbow ends". Ela também é autora de um clássico do romantismo, "PS Eu te amo". que fez muita gente chorar.
Em "Simplesmente acontece", a gente nem chega a chorar, mas fica com olhos marejados lá pelo final.
O filme narra a história de 2 amigos: Rosie e Alex. Eles moram no interior da Inglaterra, e desde criança são inseparáveis. Crescidos, Alex toma a decisão de estudar em Harvard, e pede que Rosie a acompanhe. Mas ela engravida por acidente de um one night stand, e decide ter o bebê. Por conta disso, ela não viaja com Alex. Por 12 anos, acompanhamos esse vai e vem Boston e Inglaterra, sendo que todos sabemos o quanto esses 2 se amam, mas não consegue dizem um para o outro seus sentimentos reais.
Tudo no filme, absolutamente tudo, é feito para fazer o público suspirar, torcer. Existem os mocinhos, os vilões ( ah, o que seria da novela das seis sem os vilões charmosos e arrogantes?), os pais que dizem para seus filhos seguirem seu coração. Reviravoltas, traições. Prato cheio para fãs de romance.
A trilha sonora é recheada de canções pop da última década, incluindo até pérolas dos anos 60, como "Alone again".
O filme é ingênuo, e feito para uma platéia que deseja sonhar como se estivesse vendo um conto de fadas. Tudo é bonito: os atores, a fotografia, o visual. E o amor, enfim, é quem dita as regras.
Nota: 7
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