sábado, 28 de março de 2015
Cinderela
"Cinderela", de Kenneth Branagh (2015)
Após o grande sucesso de "Malévola" em 2014, a Disney traz uma versão em carne e osso do conto de fadas de Charles Perrault. E após assistir ao filme, fico com a certeza de que apenas o cineasta e ator inglês Kenneth Branagh poderia ter realizado o filme. Unindo sofisticação e glamour, além do maravilhoso toque inglês em todo o filme, Branagh conduz tudo com muita destreza e segurança. Diferente de "Malévola", que aposta quase tudo em Angelina Jolie e nos efeitos especiais, aqui, ele administra um ótimo elenco com um roteiro que segue tranquilo, sem pressa. Pode ser que a criançada ache o filme chato pela falta de ritmo na primeira parte da história, que carrega no drama. Mas quando vem a chegada da fada-madrinha, e o grande baile, tudo se transforma naquilo que todos queriam ver: fantasia , magia, colorido, castelo e princesas com um príncipe de dar inveja a muito marmanjo por ai.
Lily James, do seriado "Downton Abbey", traz frescor e delicadeza à Ella (Cinderalla). Richard Madden ( Robb Stark de "Game of Thrones"), é o príncipe que todos sempre sonharam: lindo, belo sorriso, viril. Helena Bonham Carter, como a fada-madrinha, é um grande trunfo. A sua presença é divertida, impossível pensar em outra atriz que fizesse com tanto prazer essa deliciosa personagem. Pena que apareça pouco. Stellan Skarsgård, o ator fetiche de Lars Von Triers, e no elenco de "Thor", também dirigido por Branagh, faz uma participação como um vilão. Cate Blanchett é a Angelina Jolie de "CInderella". É para ela que os holofotes se acendem: seus figurinos estonteantes, desenhados pela premiada Sandy Powell, são um espetáculo à parte. A direção de arte do Mestre Dante Ferreti é um luxo impressionante. Ele conseguiu transpor para as telas todo um universo do conto de fadas, e mais, tornando-o realista. O fotógrafo Haris Zambarloukos trabalhou com Branagh também em "Thor", além de dar cores ao igualmente fantasioso musical "Mamma Mia".
O filme é lindo de se ver, a gente torce e se emociona, mesmo sabendo tudo o que vai acontecer. Basta ver como as crianças no cinema faziam torcida.
Duas cenas antológicas: a transformação do vestido de Cinderella, e a perda da magia da carruagem e os animais em forma de serviçais. Primor de direção e efeitos.
De brinde, um curta com uma história fofa com os personagens de Frozen, comemorando o aniversário de Anna.
Nota: 8
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