quinta-feira, 30 de junho de 2022

Wet sand


 "Wet sand", de Elene Naveriani (2021)

Premiado drama LGBTQIAP+ vindo da Geórgia, historicamente um país que, assim como a Rússia, não tem pudor em dizer ao mundo que é homofóbico e contrário à políticas de casamento entre pessoas do mesmo sexo.

De forma minimalista, mas intensa, o filme apresenta ao espectador um vilarejo no litoral do Mar Negro. A comunidade se encontra no bar local, chamado Wet sand, aonde se encontram todos os dias para beber e fofocar sobre a vida dos outros há décadas. Eliko, um dos moradores, é encontrado enforcado. Ammon, o dono do bar, procura ajuda entre os moradores para enterrar Eliko, mas todos se recusam. Ammon decide procurar Moe, a neta de Eliko, para que ela o ajude a enterrar o avô. Mas quando todos descobrem através de uma carta que Eliko e Moon foram amantes durante décadas, o mundo cai e todos se mostram homofóbicos, rechaçando Ammon.
Um filme com ritmo bastante lento e introspectivo, numa narrativa semelhante aos dramas turcos de Bylgen, "Wet sand" é contundente como um roteiro que quer apontar o dedo para políticas de homofobia que tornam em tragédias milhares de histórias pessoais. Com um ótimo elenco, a direção privilegia planos fixos, longos em uma fotografia deslumbrante.

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