quarta-feira, 29 de junho de 2022

O destino de Haffmann


 'Adieu Monsieur Haffmann", de Fred Cavayé. (2021)

Excelente drama francês adaptado da peça teatral escrita por Jean-Philippe Daguerre, "O destino de Hoiffman" lembra na sua dramaturgia de dois grandes clássicos do cinema: "O último metrô", de François Truffaut, e "A malvada", de Joseph Mankiewickz. Do 1o, ele traz o caráter teatral, e de ter um judeu escondido nos porões de uma loja, enquanto a Gestapo o procura. Do 2o filme, vem o desejo do antagonista de se aproveitar da situação e dar o golpe.

Paris, 1941. François Mercier (Gilles Lelouch) é um homem comum que sonha em começar uma família com a mulher que ama, Blanche. Ele trabalha para um talentoso joalheiro, o Sr. Haffmann, judeu. Quando a ocupação alemã passa a caçar judeus, Haffman decide uma proposta para François: repassar a loja para seu nome, e quando terminar a guerra, Mercier deverá retornar para ele. Mas a polícia avança, e Haffman se esconde no porão d aloja. Mercier aproveita para esconder o patrão, e aos poucos, vai assumindo o sonho de ser dono de um comércio e se aliar aos alemães.
Um filme que fala sobre ganância, poder, desejos e principalmente, a luta de classes e a as piração para ascender socialmente, tal qual um grande Mephisto. Com grandes atores no elenco, incluindo Sara Giraudeau, no papel da esposa Blanche Mercier, que tem um papel fundamental na trama e cujos dilemas morais cai em suas costas. Um filme clássico, bem narrado e certamente, que fará o espectador vibrar com seus plot twists.

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