sábado, 27 de dezembro de 2014
O caso das irmãs assassinas
"Les blessures assassines", de Jean Pierre Denis (2000)
Aviso logo: Atrizes que estiverem buscado um puta papel dramático para montar em uma peça teatral, que comprem os direitos desse filme. As atrizes Sylvie Testud e Julie-Marie Parmentier fazem aqui duas performances extraordinárias e muito fortes. Elas interpretam as irmãs Papin, que em 1933 mataram em Le Mans, na França, a patroa delas e a filha da patroa. Elas trabalhavam como domésticas e j;a vinham acumulando em outras residências bullying dos patrões. O caso foi muito chocante: as 2 irmãs eram amantes, e sofreram maus tratos por parte da mãe, que as obrigava a trabalhar e ficava com o dinheiro delas. Fora isso, os patrões as maltratavam, não davam os direitos delas como empregadas. Christine ( Testud), a irmã mais velha, já mostrava sinais de desequilíbrio mental e reagia sempre de forma violenta. (Lea) Julie MArie) era mais doce, mas facilmente controlada pela irmã mais velha.
Na primeira cena de incesto entre as irmãs, Christine diz a seguinte frase:
"Isso não é pecado, meu amor. Sermos putas seria pior."
O filme é dirigido de forma seca e fria, quase como documental, por parte do cineasta Jean Pierre Denis. Ele ganhou vários prêmios mundo afora, e as duas atrizes ganharam melhor atriz no Festival Mar del Plata.
A cena final lembra muito a frieza de Michael Haneke. Não é para espectadores sensíveis, é um filme muito porrada. E excelente para as atrizes, que bombaram depois do filme.
Nota: 8
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