terça-feira, 30 de dezembro de 2014
Estrada para lugar nenhum
"Nowhere", de Gregg Araki (1997)
O cineasta independente americano Gregg Araki, filho de pais japoneses , é um representante do "Queer Cinema independente americano". Seus filmes, de baixo orçamento, sempre giram em torno da sexualidade dos adolescentes, drogas, bissexualidade, alienígenas, pedofilia, psicopatas. Tudo misturado num mesmo liquidificador. Desde um de seus primeiros filmes, "The living end", ele vem chamando a atenção dos críticos e da mídia. Seus filmes são sempre muito estilizados, muitas cores berrantes, trilha sonora pop rock, atores bonitos que nem sempre são atores, histórias bizarras sem pé nem cabeça, a anarquia geral. Em 93, ele resolveu conceber uma trilogia do 'Apocalipse adolescente", que começou com "Totalmente fudidos", depois "A geração maldita"e terminou com esse "Estrada para lugar nenhum". Logo depois, ele veio com filmes mais maduros, mas mantendo as mesmas temáticas. A sua obra-prima, até então, se chama "Mistérios da carne".
Em "Estrada para lugar nenhum", a história se passa em uma noite. Vemos um pout porri de personagens: jovens traficantes, alienigenas, jovens em conflito com sua sexualidade, serial killer, viciados, garotas safadas, as virgens, tem de tudo nessa visão quase Larry Clark ( autor de "Kids") de ser, só não usa o sexo explícito do seu colega . Greeg Araki aposta na sensualidade, no erotismo de filmes B. Tem de tudo no filme, até mesmo pessoas sendo abduzidas por um ET. Mas para quem curte ver gente bonita, o filme tem uma verdadeiro celeiro. Aliás, aqui surgiram Ryan Philipe, Christina Applegate, Heather Graham. Famosos também fazem suas participações: Chiara Mastroiani, Beverly D'angelo, Uma pena que o protagonista James Duvall seja tão canastrão. Tivesse a sorte de Joseph Gordon Levitt em :"Mistérios da carne", estaria aí bombando em Hollywood.
O filme é de 97, tem aquela trilha eletrônica da época, e sim, ficou datado. Mas mesmo assim, é um retrato fiel de uma geração, um registro histórico de jovens antes do Whatsapp, Facebook, celulares. Como sobreviviam?
Nota: 7
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