domingo, 28 de dezembro de 2014
I origins
"I origins", de Mike Cahill (2014)
Ciência X Religião. Esse é o tema esse intrigante drama de ficção científica, que ainda tem tempo para discorrer sobre o Amor de forma poética. O título "I origins" é uma forma de se dizer "Eye origins", ou seja, os olhos como origem de toda a criação. O filme parte da premissa que nao existem 2 íris iguais no mundo. Michael Pitt, ator de "Os sonhadores", interpreta Ian, um cientista molecular que tenta provar ser capaz de criar mutantes em laboratórios. O acaso da vida bota em sua trilha Sofi, uma linda jovem de olhos intrigantes. Eles se amam, até que um acidente, que tem origem de um ciúme de Sofi contra Karen, assistente de Ian, custa a vida de Sofi. 7 anos se passam, e Ian está casado com Karen e com um filho. Mas a imagem de Sofi nunca saiu de sua mente. Sentindo-se culpado por sua morte. Ian descobre que seu filho tem os mesmos olhos de um homem que morreu na data que seu filho nasceu, e ambos possuem a mesma íris. Ian e Karen, intrigados, mas céticos religiosamente, fazem mais pesquisas para ver se existem coincidências de outras íris pelo mundo. Até que descobrem que na Índia uma menina de 7 anos tem a mesma íris de Sofi. Ian acaba indo para a Índia, para provar a si mesmo que ele não deve ceder aos chamados do espiritismo e da religião e manter-se cético, se baseando na ciência.
Belo drama romântico, calcado na ficção científica, e emoldurada por uma excelente trilha sonora, que embala o tom de fábula do filme e levando o espectador a uma outra dimensão. A fotografia de enaltece o tom mágico da narrativa. Michael Pitt, que andava um pouco sumido, ressurge em grande estilo e com um belíssimo e instigante personagem. A bela atriz espanhola Astrid Bergès-Frisbey, no papel de Sofi, já havia mostrado sua sensualidade e talento no drama "O Sexo dos anjos", um romance bissexual. A curiosidade aqui é terem escalado Brit Marling, que já havia protagonizado outra ficção científica de baixo orçamento mas de roteiro igualmente criativo e elaborado: "O outro planeta". E Steven Young, o Glenn de "The walking dead", em uma pequena participação aqui.
É um filme que vale ser visto, mesmo o espectador comum tendo que quebrar um pouco a cabeça para desvendar os mistérios que a película provoca. O desfecho, tenho que admitir, é muito bonito e emocionante.
Nota: 8
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