quarta-feira, 17 de dezembro de 2014
A teoria de tudo
"The theory of everything", James Marsch (2014)
Litros e litros de lágrimas foram derramados assistindo ao filme. Diretor do premiado documentário "Homem equilibrista", James Marcsh emociona ate a medula nessa cinebiografia do cientista e cosmólogo Stephen Hawking, que aos 21 anos de idade, nos anos 60, foi condenado a 2 anos de vida assim que teve seu parecer médico, e que no entanto está vivo até hoje, aos 72 anos de idade, palestrando e dando aula em Cambridge.
Diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica, doença que paralisa os músculos, Hawkings praticamente é imóvel. Não fala, se comunicando através de um aparelho que reproduz sua voz.
O filme é baseado no livro de sua ex-esposa. Jane Wilde, "Viajando ao infinito: minha vida com Stephen". Ambos se conheceram ainda adolescentes em Cambridge, nos anos 60, antes da doença de Hawking. Assim que descoberta, Jane lutou bravamente para se manter fiel ao seu lado, mesmo mediante afastamento de Stephen, que se sentia culpado por não poder prover uma vida melhor para ela. O filme mostra então as diferenças religiosas ( ela católica, Ele ateu), as dificuldades de Jane de enfrentar a vida em conjunto com Hawkings, que vai piorando a medida que o tempo passa, e a relação deles com os 3 filhos e um homem que surge na vida de Jane e por quem ela se apaixona.
Tecnicamente o filme é um primor: Fotografa extraordinária de
Benoît Delhomme, trilha sonora do islandês Jóhann Jóhannsson, uma obra-prima comovente responsável por muitas das minhas lágrimas, a Direção de arte e figurinos. O elenco, como todo filme inglês, é impecável. Eddie Redmayne, de "7 noites com Marylin" está brilhante, lembrando em sua caraterização o personagem de Daniel Day Lewis em "Meu pé esquerdo". Felicity Jones também arrasa com a sua Jane Wilde, e o luxuoso elenco de apoio só engrandece o filme: David Thewlis, Emily Watson, Charlie Cox.
Autor de "Uma breve história do temo", que vendeu mais de 10 milhões de exemplares, Hawkings é apresentado no filme como um homem real, mas que luta pela sua vida com garras e dentes. O roteiro é acadêmico, mas a mistura de romance com filme didático sobre física, cosmologia, etc, é boa, sendo que particularmente acho um saco a parte intelectual do filme. Quanto à parte melodramática, focada em sua vida pessoal, é muito bonita e densa.
Nota: 8
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