quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Yves Saint Laurent

"Yves Saint Laurent", de Jalil Lespert (2014) Biografia luxuosa sobre o estilista Yves Saint Laurent, narrada pelo ponto de vista de seu parceiro de longa data, Pierre Berger. Dessa forma, a história se aproxima do documentário "O louco amor de Yves Saint Laurent", de 2010, também narrado em Off por Berger. Assistir a uma história através do olhar do outro é sempre perigoso. Por isso, vale a pena assistir a um outro filme realizado em 2014, 'Saint Laurent", dirigido por Bertrand Bonello, para se ter outra referência. YSL é interpretado com graça e força por Pierre Niney. Em "YSL", o filme acompanha a vida do estilista de 1958 a 2008. Em 58, ele era o Chefe de criação artística da Maison Dior. E isso aos 21 anos de idade. Ele conhece Pierre Berger (Guillaume Gallienne, do excelente "Eu, mamãe e os meninos") e juntos, montam a Maison YSL, que faz muito sucesso. No entanto, YSL é diagnosticado como maníaco depressivo, e durante toda a sua vida, ele abusou de drogas, sexo, bipolaridade, tendo sempre Berger como seu fiel parceiro, que o afastava de gigolôs (Jacques de Bascher) , de amigos traficantes ( Loulou de La Falaise) e da própria família de YSL. O filme tecnicamente é um glamour: a fotografia poderosa de Thomas Hardmeier, a trilha sonora pomposa de Ibrahim Maalouf e figurinos e direção de arte impressionantes. A direção de Jalil Laspert é chique, sofisticada, mas o roteiro assinado por 6 pessoas falha ao não colocar o principal: alma. O filme corre frio, sistemático, narrativo demais, aquele vício das biografias de querer fazer de cada cena um episódio da vida da pessoa homenageada. O filme vale sim pelo visual, estonteante. Quanto ao conteúdo, melhor ficar com o filme rival. Nota: 6

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