sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Tusk

"Tusk", de Kevin Smith (2014) Assistindo ao filme, 3 perguntas ficam no ar: 1) O que aconteceu com a promissora carreira do cineasta Kevin Smith? 2) O que aconteceu ao Haley Joel Osment ( o menino de "O sexto sentido")? 3) O que Jonnhy Depp está fazendo nesse filme? Kevin Smith no início dos anos 90 prometia ser a salvação do cinema independente americano. Com filmes de baixo orçamento , porém de roteiros espertos e personagens cults, ele arrematou fãs mundo afora. "O balconista"e "Procurando Amy"se transformaram em cults imediatamente. Mas sabe-se lá porquê, Smith nos últimos anos enveredou pelos filmes B totalmente trash. Seu penúltimo filme, "Seita mortal"era ruim demais, esse agora, "Tusk", já ganhou votos em várias listas como um dos piores filmes de 2014. O outrora garoto Haley Joel Osment agora veio em versão obesa, decadente e sem sal. E Jonnhy Depp..bom, Jonnhy Depp não sei se é amigo de Kevin Smith, mas o seu personagem, obviamente um tipo estranho, é patético e constrangedor. Um detetive francês à la Pantera cor de Rosa, chamado de Guy Lapointe. O personagem havia sido oferecido a Tarantino, que percebeu de cara roubada e espertamente declinou. Depp precisa urgente rever suas amizades também. O filme é um arremedo de filmes B antigos, tipo "A mosca da cabeça branca", revigorada com tintas grotescas de "A centopéia humana". A história gira em torno de Wallace ( Justin Long), que junto de Teddy ( Osment), possuem um podcast numa rádio independente ( um paralelo de Kevin Smith e seu amigo que possuem um podcast cinematográfico, aonde narram histórias bizarras. Foi em um desses podcasts que saiu a idéia do filme). O Podcast tem como tema virais distribuidos por nerds, e os 2 avacalham esses videos. Wallace acaba indo até o Canadá para visitar um dos autores de um dos vídeos, mas chegando lá descobre que ele se matou. Frustrado, ele acaba conhecendo por um acaso um homem sinistro que mora em uma mansão distante. O Homem conta uma história sobre uma morsa que o salvou de um naufrágio. Wallace acaba dormindo e quando acorda, descobre que está mutilado e que o homem deseja transformá-lo numa morsa humana. Enquanto isso, sua namorada Ally e Teddy viajam até o Canadá para descobrir o sumiço de Wallace. Tosco, com péssimos efeitos e uma história ruim de dar dó, Kevin Smith procura chamar a atenção do público nerd que talvez pudesse abraçar esse seu projeto. Mas nos Eua, ninguém viu, o filme foi um fracasso e em vários lugares foi direto para dvd. Assistir ao filme é doloroso, no sentido de se presenciar a derrocada de um grande artista que sabe-se lá porquê, se perdeu, e parece regredir aos tempos de faculdade, quando a gente podia fazer o que quisesse que ninguém nem estava aí pra nada. Além de tudo, o filme é longo e sem ritmo. Se dá para rir? Talvez de uma ou outra cena, mas mais pela tosquice mesmo. Nota: 4

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