sábado, 18 de fevereiro de 2012
Shame
" Shame", de Steve Macqueen (2012)
Brandon (Michael Fassbender) é um executivo em uma empresa em Manhattan. Ele é bem-sucedido, e tem um apartamento próprio. O que ninguém sabe, é que Brandon é viciado em sexo. Ele se mastruba várias vezes ao dia, em casa, no trabalho: acessa sites pornográficos o tempo todo; flerta com mulheres na rua, nos bares, transando com todas elas: contrata prostitutas. Brandon não tem limites. Um dia, sua irmã, Sissy (Carey Mullighan), uma cantora, se hospeda em sua casa. Sissy é carente e promíscua. Brandon e Sissy não se dão bem, e a presença dela o incomoda, ela ocupa o seu espaço e impede que ele manuseie seus apetrechos pornográficos. Brandon se interessa sexualmente por uma colega de ttrabalho, mas ela o recusa, pois deseja relacionamentos sérios. Sissy e essa colega o desestruturam psicologicamente, e ele sai então para uma longa noite de loucuras. Nesse meio tempo, Sissy, depressiva, tenta o suicídio.
Bom drama, participou da Competição em Veneza em 2011, levando o prêmio de melhor ator para Michael Fassbender. Tanto Fassbender quanto Carey Mullighan se despojaram de sua condição de estrelas do cinema e participam de fortes cenas de nudez e sexo. O filme é um alento ao moralismo e caretice que se apossou do cinema nas últimas décadas. Um filme erótico, belamente emoldurado por embalagem de filme cult. A fotografia é um deslumbre, ressaltando a solidão e melancolia das noites Nova Yorkinas. A edição é curiosa, alternando momentos desconexos com outros de longos planos-sequência. O ritmo é lento, às vezes sem muito foco. O roteiro não traz novidades, apelando inclusive para clichês do tema homem-solitário em Nova York em busca de aventuras. O que realmente interessa aqui são as performances dos 2 atores. É uma bela entrega de ambos para os personagens, destrutivos.
Nota: 7
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