domingo, 12 de fevereiro de 2012
A invenção de Hugo Cabret
" Hugo", de Martin Scorcese (2012)
Em 1931, em Paris, Hugo Cabret mora com o seu pai,(Jude Law), um fabricante de relógios e adorador de tecnologia e ciências. O pai de Hugo o leva para ver os filmes de Melies, por quem é fã inveterado. Um dia, durante um trabalho no Museu, o pai de Hugo morre em um incêndio. Hugo então é levado pelo seu tio para trabalhar e morar em uma Estação de trem do gare du Nord, fazendo os relógios da estação funcionarem. Passa-se o tempo, e o tio de Hugo desaparece. Sem renda, Hugo vive de pequenos roubos para poder se manter, e mantendo também o funcionamento dos relógios. O segurança da estação (Sacha Baron Cohen) desconfia de que algo esttá errado no local, mas desconhece a presença de Hugo. Ele é especialista em prender crianças órfãs e entregá-las ao orfanato. Hugo sempre observa o dono de uma pequena loja de brinquedos na Estação, e depois, junto com a neta dele, Isabelle (Chloe Grace Moretz), descobrem que ele é na verdade George Melies (Ben Kingsley), o outrora famoso cineasta, que sucumbiu ao ostracismo após a 1a guerra mundial. Seus filmes foram queimados e ele para se sustentar abriu a lojinha, manteno-se anônimo e depressivo. Hugo e Isabelle farão de tudo para reconquistar a fama e o prazer de viver de Melies.
Maravilhosa fantasia dirigida por Scorcese, que pela primeira vez fez uso da tecnologia 3D, aqui muito bem empregada, provocando profundidade nos cenários e na magia. A direção de arte do filme é arrazador, perfeita nos mínimos detalhes. Acho que houve um erro de divulgação no filme: os produtores e distribuidores o estão lançando como se fosse um filme juvenil de aventuras, e não é nada disso. É uma fantasia adulta que fará a alegria de cinéfilos, pois o filme é isso, uma homenagem explícita aos filmes, ao escapismo das fantasias produzidas por Melies.
O elenco está excelente, todos ricos e comoventes em suas interpretações, até mesmo as pequenas participações. Sacha Baron, as crianças Chloe Moretz e Asa Butterfield, no papel título de Hugo, estão sublimes. Algumas participações especiais, como a de Christopher Lee e a do próprio Scorcese, fazendo uma pontinha como um fotógrafo, conferem graça ao filme.
Nota: 9
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