quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

Hijra

"Hijra", de Shahad Ameen (2025) Indicado pela Arábia Saudita à uma vaga ao Oscar de filme internacional 2026, "Hijra" é um comovente drama que representa como as mulheres vivem em um país conservador e que segue a religião muçulmana, tirando muito de seus direitos como cidadãs. Ambientado em 2001, um momento histórico onde era impensável que as mulheres tivessem voz ativa, o filme venceu um pr6emio especial no Festival de Veneza 2025. Co-produzido por Arábia Saudita, Iraque, Reino Unido e Egito, o crédito final traz o isgnificado do título do filme: "Migração de Maomé de Meca à Medina em 622 DC, que marcou a consolidação da primeira comunidade muculmana." A história se passa em Al Taif e segue até Meca (onde são realizados os rituais da peregrinação), e acompanhamos três gerações de mulheres: Sitti (Khairia Nazmi), a avó rigorosa e que traz em si toda uma educação rigida e patriarcal; e as netas Janna (Lamar Feddan), 12 anos, e Sarah (Khairiah Nathmy), 14 anos. Sarah é rebelde, ouve música em um fone e durante a viagem, ela foge. Janna percebe que Sarah quer fugir do país e começar uma vid anova em outro lugar. Sitti decide abandonar a peregrinação e viaja para o norte em busca da neta desaparecida. O filme traça um paralelo entre Sitti, uma mulher que sofreu todos os tipos de pressão sobre como ser uma mulher obediente e silenciada em um país conservador, e a geração mais nova de sarah e Janna, frutos de inquietação e de rebeldia. Belamente fotografado por MI Littin-Menz, que explora as regiões áridas, e uma trilha sonora emocionante de Amad Armand. A diretora Shahadd Ameen dirige com afeto e poesia uma história trágica, cruel e de sofrimento, com uma impecável direção de atores e um desfecho que explora o realismo fantástico.

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