10 dance

"10 dance", de Keishi Otomo (2025) Dois motivos me fizeram assistir a esse drama queer: o fato de ser ambientado em um Campeonato de dança, e ser um romance BL (boy lovers). Em 2011, Inoue Satoh lançou o mangá BL "10dance", que hoje conta com 8 volumes. Já alerto que o final do filme deixa em aberto a possibilidade do filme virar uma franquia. Um fato curioso que fiquei conhecendo: existe o campeonato de dança de salão, e o campeonato de dança latina. No de salão, os ritmos obrigatórios são: Valsa, tango, slow foxtrot, valsa vienense e quick step. NO lantino: Rumba, samba, cha cha cha, paso doble e jive. Shinya Sugiki (Keita Machida) é o mestre da dança de salão: ele é metódico, disciplinado. A sua parceira na dança é Fusako Yagami (Anna Ishii). Já Shinya Suzuki (Ryoma Takeuchi) e campeão do ritmo lantino: ele é rebelde e impulsivo. A sua parceira é Aki Tajima (Shiori Doi). Os dois possuem o mesmo nome e nunca competiram juntos por conta da diferença de estilos. Mas ambos têm a ambição de competir no maior campeonato do mundo, o 10dance: mas para isso, os pares precisam saber dançar as 10 danças. Os dois campeões decidem se unir e ensinar seus segredos de coreografia para as duplas concorrentes. Mas aos poucos, durante os ensaios, e com as pegadas corporais e olhos no solhos, ambos os rapazes percebem que sentem atração um pelo outro. O roteiro sabe como manipular o espectador, fazendo com que os dois apaixonados não avancem na relação, pois entendem que são concorrentes e ambos querem ganhar. Mas no final, o que prevalece? O amor ou a ambição? Com personalidades totalmente distintas, os dois atores trazem seu caisma a seus personagens. A fotografia e a direção de arte trazem elegância aos salões onde ocorrem o campeonato, se bem que prefiro o ambiente mais cafona de "Strictly ballroom", clássico australiano. A longa duração do filme me cansou, com seus 126 minutos 9eu cortaria pelo menos 20 minutos).