domingo, 14 de maio de 2023

Mandragora

"Mandragora", de Wiktor Grodecki (2007) Fechando a trilogia sobre prostituição juvenil masculina, iniciada com "Angels but not angels" e "Body with no soul", "Mandragora" é uma versão masculina de "Cristiane F", ambientada em Praga. O filme é visceral, repleta de cenas decadentes com sexo e uso de drogas para chocar espectadores, um digno exploitation. O filme apresenta um elenco de jovens atores em cenas de prostituição, filmagem de pornôs para clientes pedófilos e violência urbana, lembrando filmes como "Pixote, a lei do mais fraco". A fotografia granulada e suja dá um tom mais dramático e pungente ao filme. Marek (Miroslav Caslavka) é um jovem de 15 anos que foge de sua casa, em uma cidade no interior da República Tcheca, e chega d etrem em Praga. Ele é logo abduzido por um gigolô que busca menores na rua, para drogá-los e colocá-los na prostituição. Marek se torna amigo de David (David Svec), um outro garoto d eprograma, e juntos, fogem, buscando clientes e os assaltando. David vicia Marek em drogas e uando estão no fundo do poço, se tornam atores em filmes para pedófilos. Paralelo, o pai de Marek chega na cidade para procurar o filho. O filme também lembra o clássico de Paul Schrader, "Hardocore- No submundo do sexo", onde o protagonista é um pai em busca da filha que entrou no mundo do pornô. O filme é uma porrada, desaconselhável para público sensível. O roteiro bota os protagonistas em situações muito abusivas e é um sofrimento do início ao fim. Os europeus fazem um cinema brutal, difícil imaginar um filme assim sendo feito nos Estados Unidos ou mesmo no Brasil. Os jovens atores estão totalmente convincentes, e eu nem faço idéia de que forma foram escalados e como os pais permitiram suas participações no filme.

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