As órbitas da água

"As órbitas da água", de Frederico Machado (2020) O cineasta Frederico Machado é um combatente do cinema independente brasileiro. Roteirista, produtor e diretor, Frederico é fundador da distribuidora Lume Filmes e diretor do Festival Internacional Lume de Cinema, em São Luís do Maranhão. "As órbitas da água" é o filme que fecha a sua trilogia dantesca, iniciada com "O Exercício do Caos" e O Signo das Tetas. O filme recebeu os prêmios melhor ator (Antonio Saboia) e atriz (Rejane Arruda) no Fetsival de Aruanda 2020. Dividido em 3 capítulos: "Água, lôdo e órbitas", o filme é um drama experimental e bastante sensorial, ambientado em uma ilha do Maranhão. Um casal de forasteiros, Antonio Sabóia e Rejane Arruda, chega na ilha, vindos da cidade grande. Os moradores da região, entre eles, o pai do forasteiro, um senhor idoso, e um casal de pescadores, interpretados por Flávia Bittencourt e Auro Juriciê, possuem um passado que irá cruzar o o dos visitantes e entre monentos de bebida, sexo e divagações filosóficas, o filme traça o destino de todos, em volta de uma vingança. Com uma trilha sonora soturna e intensa que me remete aos acordes de Michael Nyman para os filmes de Peter Greenaway, "as órbitas da água" é represnetada pro muitos silêncios e planos contemplativos, que previlegiam os corpos, a natureza e as belas locações. Mas o roteiro me soou confuso e complexo e eu mesmo fiquei perdido na trama, mas acredito que a intenção é a de permitir interpretações de cada espectador. Antonio Sabóia é um dos atores mais interessantes a surgir no atual panorama do cinema brasileiro, protagonista de 'Desreto particular" e também no elenco de "Bacurau".