segunda-feira, 29 de maio de 2023

12 homens e uma sentença

"12 angry men", de Sidney Lumet (1957) Obra-prima irretocável do cinema, "12 homens e uma sentença" é dos poucos filmes que deveria ser obrigado a ser revisto de tempos em tempos. É uma aula de cinema, de atuação, de decupagem e de narrativa. E é muito difícil fazer o público ficar atento a um filme de 1:45 horas e que acontece inteiramente em um único ambiente, a sala do juri, onde 12 jurados precisam decidir o veredito sobre um crime. Sidney Lumet teve a façanha de evitar de fazer um teatro filmado e construiu tudo em cima do elenco e da forma como contar o filme: através das lentes. À medida que o filme vai avançando e ficando mais tenso e em princípio sem solução, a lente vai se fechando, tornaod-se mais claustrofóbica. Tamanha criatividade rendeu 3 indicações ao Oscar: melhor filme, roteiro e direção, na magnífica estreía de Sidney Lumet no cinema, vindo de uma série de trabalhos para a tv. O Oscar, perdeu para "A ponte do Rio Kwai". O mais curioso para mim, no entanto, é a presença de Henry Fonda, que também produziu o filme. No ano anterior, em 1956, ele protagonizou "O homem errado", de Alfred Hitchcock, cujo protagonista era o inverso de seu personagem em "12 homens e um condenado": ele era um homem acusado de um crime e precisava ser inocentado. O traballho de todo o elenco é incrível, e cada um dos 12 personagens tem uma discreta característica própria. Mérito de Lumet, conhecido por ser um dos maiores diretores de atores do cinema americano.

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