terça-feira, 9 de maio de 2023

Grand Jeté


"Grand Jeté", de Isabelle Stever (2022) Um drama sobre incesto não é novidade no cinema. Desde a obra-prima de Louis Malle "Um sopro no coração", passando por "Pecados inocentes", com Juliane Morre fazendo sexo com seu filho, e o clássico de Bertolucci, "La Luna". Em "la Luna"existe uma famosa cena onde Jill Clayburgh masturba seu filho, mas é uma cena sugerida, implícita. Em "Grand Jeté", a roteirista e cineasta alemã isabelle Stever mostra uma mãe masturbando explicitamente o seu filho, com o jovem aator de pênis ereto e a câmera faz questão de mostrar tudo. Mais mais do que as cenas de sexo incestuoso, o que mais chama a atenção é o trabalho da câmera, que mais parece saída de um filme de "Gaspar Noé": sempre inquieta, em movimento, buscando ângulos e movimentos estranhos e pouco comuns, me fazendo pensar a necessidade dessa linguagem em um filme sobre relação mãe e filho. Para mim, ao invés de desconforto, trouxe foi tédio, um ritmo arrastado e de certa forma, formalmente pretencioso. Nadka (Sarah Nevada Grether) é uma ex-bailarina obcecada pela profissão e seu corpo, que abdicou de cuidar de seu filho, dado para sua mãe criar desde pequeno. Agora professora de balé extremamente r;igida e fria, exigindo sacrifícios das jovens alunas. Nadja acaba reecontrando seu filho, Mario ( Emil von Schönfels ), que mora com a avó Hanne. Mario também é obcecado pelo corpo: trabalha em academia e de noite se exibe nú em um show performático e fetichista onde pendura peso de 10 kilos no pênis. Esse reencontro trará uma paixão entre mãe e filho, que acaba não se explicando. De positivo, a performance visceraal da atriz Sarah Nevada Grether.

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