quarta-feira, 1 de janeiro de 2020
Yuli
“Yuli”, de Icíar Bollaín (2018)
Cinebiografia do bailarino Cubano Carlos Acosta, adaptado de sua biografia, que ele escreveu como forma de expiar a sua conturbada relação com o seu pai, o caminhoneiro Pedro Acosta. Carlos Acosta foi o primeiro bailarino negro do Royal Ballet de Londres, além de ter integrado os prestigiados English National Ballet, National Ballet of Cuba, Houston Ballet e American Ballet Theatre. Foi um dos pioneiros em protagonizar ballets como bailarino negro.
Carlos nasceu em Havana em 1973, .e seu sonho era ser jogador de futebol e dançarino de break dance. Sua mãe estava ausente pela doença, e seu pai, para fazer com que Carlos saísse das ruas e das más companhias, o obrigou a entrar e uma escola de dança para ser bailarino, pois acreditava que a disciplina da dança o faria entrar nos eixos. Aluno relapso na escola, Carlos não gostava das aulas de dança e de ballet: seus colegas faziam bullying, dizendo que era coisa de maricas. Com o passar dos anos e com a insistência de seu pai, Carlos conseguiu o diploma e foi selecionado para dançar em Londres.
O filme, obviamente, é um filme com mensagem edificante de realização profissional através de uma história de amor, sacrifício e luta. A direção é da atriz e diretora espanhola Iciar Bollain, e quem adaptou o livro de memórias foi o premiado roteirista inglês Paul Laverty, que escreve os roteiros de Ken Loach ( ‘Eu, Daniel Blake”). O filme recebei vários pr6emios internacionais, além de melhor roteiro em San Sebastian. Linda fotografia registrando as diferenças de luz entre a ensolarada Havana e a friorenta Londres. O filme mescla momentos de memórias com flashbacks de Carlos na infância e adolescência, trechos reais de dança e o próprio Carlos Acosta interpretando ele mesmo adulto.
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