quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

Bodas de papel

“Bodas de papel”, de  André Sturm (2008) Vencedor de 3 prêmios no Festival Cine PE em 2008 (melhor filme do voto popular, melhor atriz coadjuvante para Cleide Yáconis e Melhor edição de som), “Bodas de papel” é o 2o filme dirigido por André Sturm, 7 anos depois de sua estréia com “Sonhos tropicais”. André Sturm é, além de Cineasta, produtor e distribuidor de filmes, dono da Pandora filmes e também das salas de cinema Belas Artes em São Paulo. Sturm também já foi secretário de cultura em SP, e é inegável a sua paixão pelo cinema. Depois do drama histórico de “Sonhos tropicais”, Sturm volta a sua câmera para uma história de amor. Serendipity é o mote do filme: é quando algo acontece por acaso e muda a sua vida para algo surpreendente. Assim é a história de amor de Nina (Helena Ranaldi) e Miguel (Darío Grandinetti, ator espanhol e mais conhecido por ter co-estrelado ‘Fale com ela”, de Almodovar). A história acontece em Candeias, interior de são Paulo. Anos atás, a cidade ia ser inundada por uma hidrelétrica que seria construída ali. Toda a população foi desalojada e teve que abandonar o local. Com a desativação da usina, aos poucos, o que era uma cidade fantasma volta a a receber seus antigos moradores. Nina, artista plástica. retorna para cuidar de uma casa que ela ganhou de herança e aonde ela quer construir um hotel. Miguel é um argentino que se mudou para são Paulo capital para trabalhar como arquiteto. Com a escassez de trabalho, ele aceita o convite de Cecilia (Cleide Yáconis) para fazer um projeto de arquitetura em sua casa. Em uma noite de tempestade, Nina e Miguel se conhecem e se apaixonam. Mas uma virada do destino irá alterar de vez o destino do casal, na semana das bodas de papel ( quando completam 1 ano de relacionamento). O grande trunfo do filme é o seu elenco. Além de Rinaldi, que estréia em cinema, e de Dario, o elenco tem pesos pesados como Walmor Chagas, Cleide Yáconis, Seegio Mamberti, Antonio Petrin. Imara Reis e Angela Dippe. O roteiro, co-escrito por Sturm, lida com o tema da memória e da perda, tanto física, quanto espiritual. É um filme correto, que é prejudicado pela câmera na mão, injustificada para essa narrativa tão clássica do filme, e pela edição. A bela trilha sonora de Alexandre Guerra pontua o filme.

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