quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

Um milhão de pedacinhos

"A million little pieces", de Sam Taylor-Johnson (2019) Adaptação do best seller autobiográfico de James Frey, um escritor que ficou mundialmente conhecido quando a apresentadora Oprah Winfrey indicou o seu livro "Um milhão de pedacinhos" para os espectadores. O livro, lançado em 2003, seriam memórias de Frey quando ele foi internado em uma instituição para viciados em drogas, e as histórias de superação e de relacionamento com outros pacientes. Anos mais tarde, descobriu-se que quase tudo no livro foi inventado e que nunca havia acontecido com Frey. Mesmo com a farsa descoberta, Frey continua sendo um escritor de grande sucesso e é dono de uma ONG. A cineasta inglesa Sam Taylor-Johnson, mais conhecida pelo drama "Nowhere boy", sobre a adolescência de John Lennon, ficou famosa na época por, aos 42 anos, ter se casado com o protagonista de seu filme, Aaron Taylor Johnson, que tinha 18 anos na ocasião. Sam dirige seu marido Aaron, que co-adaptou o livro, nessa cinebiografia, que traz a rotina de James dentro da instituição. Para quem está acostumado a ver filmes com tema semelhante, como "Um estranho no ninho" e tantos outros de recuperação, não encontrará nada de novo aqui. Todos os clichês do tema estão aqui no filme, incluindo o suicídio de um dos pacientes. O que chama atenção é o elenco de apoio composto de atores famosos, como Juliette Lewis, Billy Bob Thorton, Charlie Hunnan e Giovanni Ribisi. Aaron não me pareceu a escolha mais adequada pro papel. Sim, ele está bem, é um bom ator. Mas quando ele está sem roupa ou nú, ele está com o corpo totalmente definido de músculos, o que fica incoerente com o perfil de um drogado que, segundo o médico, tem todos os órgãos internos fudidos e que ele não sabe como James continua de pé.

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