domingo, 26 de janeiro de 2020

Pit stop

"Pit stop", de Yen Tan (2013) Concorrendo nos prestigiados Festivais de Sundance e SXSW, dedicados ao melhor do cinema independente, "Pit Stop" é dirigido pelo cineasta da Malásia radicado nos Estados Unidos Yen Tan, que também escreveu o roteiro. O filme me lembrou bastante do argentino "Medianera: o amor na era digital", de Gustavo Taretto, como se fosse uma refilmagem LGBTQI+ do mesmo. "Pit stop" é ambientado em uma pequena cidade próxima a Austin, Texas, e os encontros via aplicativos são marcados em um posto de gasolina. É um drama bastante melancólico sobre pessoas solitárias na faixa dos 40 anos e que não conseguiram manter um relacionamento, deixando a todos deprimidos e sem perspectiva de futuros relacionamentos. Gabe e Ernesto são os protagonistas, mas assim como "Medianera", só irão se conhecer nos 14 minutos finais. Els não se conhecem e cada um deles vive um relacionamento conturbado. Gabe vive com sua ex-esposa, Shannon, e sua filha. Ele decidiu morar com elas por conta da educação da filha. Ao se revelar gay para sua esposa, Gabe acabou tendo um relacionamento tóxico com um outro homem que o deixou bastante abalado. Ernesto, por sua vez, mora com Luis, um rapaz bem mais jovem que ele, mas que não busca por emprego nem estudos, ficando às custa de Ernesto. O filme, curiosamente, apresenta paralelamente as histórias de Shannon e Luís com seus novos pretendentes. Isso para poder dar tempo de encaminhar a história até seu desfecho, quando Gabe e Ernesto finalmente se conhecem. "Pit stop" é um retrato bastante contundente de pessoas solitárias e que apresentam problemas de relacionamento. Em uma divertida cena, Gabe marca um encontro com um professor e o leva para assistir a um filme francês. O professor dorme o filme todo e Gabe se frustra. Os atores são todos muito bons. Gostei bastante do filme, um exemplo de produção de baixo orçamento realizado com muito talento por toda a equipe e elenco.

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