terça-feira, 28 de janeiro de 2020

Herculanun

"Herculanun", de Arthur Cahn (2016) "Herculanun" é um sítio arqueológico localizado na província de Nápoles, na Itália. Assim como Pompéia, ali são encontradas esculturas e objetos soterrados pelo vulcão que vitimou milhares de pessoas no ano 79DC. "Herculanun" é também um drama LGBTQI+, que se apropria da metáfora do vulcão em erupção para falar de um relacionamento que começa com um conflito; dois homens se conhecem em um aplicativo, se amam, se gostam, mas um deles tem um namorado. Marc (Jérémie Elkaïm) e Léo (o diretor e roteirista Arthur Cahn) se conhecem no aplicativo e marcam um encontro no apartamento de Marc. A química entre ambos é muito nítida: se gostam. No final da transa, Marc confessa a Léo que tem um namorado. Mas isso não impede que eles se vejam outras vezes. Com uma direção sensível e ótima atuação, "Herculanun" remete a um cult inglês, "Weekend", de Andrew Heigh. Ambas produções de baixo orçamento, calcados em 2 atores e um apartamento, o tempo todo. Um filme nessas condições seria maçante se não tivesse diálogos interessantes. O filme tem uma narrativa bastante naturalista e minimalista. As conversas entre os dois, regadas a sexo, fala sobre amor, solidão, sonhos e desejos de viajar para Herculano para visitar o vulcão. Um filme simples, mas competente e que entrega um resultado muito melhor que produções mais caras mas com menos verdade.

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