sábado, 16 de novembro de 2019

A vida de Diane

"Diane", de Kent Jones (2018) Vencedor de vários prêmios internacionais, entre eles o de Locarno e Tribeca, “A vida de Diane” é um cruel estudo sobre os últimos anos de vida de uma mulher de terceira idade, Diane. Kent Jones, premiado documentarista, realizador de filmes como “Hitchcock Truffaut”, um apaixonado por cinema, estréia na ficção escrevendo a história de pessoas comuns. Diane é uma mulher viúva de terceira idade. Ela vive para servir aos outros. Cristã fervorosa, ela cuida da filha de sua tia, que está com câncer terminal. Cuida dos vizinhos, e também cuida de Brian, seu filho drogado, que recusa a sua ajuda. Diane também trabalha servindo refeições aos necessitados. Acostumada a sempre servir aos outros e jamais pensando em si própria, o mundo de Diane entra el colapso quando de repente, ela percebe que as pessoas não precisam mais dela: a prima morre, sua melhor amiga morre, as pessoas próximas vão morrendo. Sue filho se cuida das drogas e se torna evangélico. Com o tempo, E Diane quem precisa de ajuda, mas ela recusa o amor dos outros. Esse poderoso drama intimista e minimalista daria uma excelente peça de teatro. Com performances naturalistas, a quase ausência de trilha sonora e uma fotografia que intensifica a vida vazia dos personagens, ‘A vida de Diane” fala sobre a Morte e o envelhecimento de forma brutal, sem glamour. É um filme bastante melancólico, que ganha um reforço fenomenal na atuação impressionante de Mary kay Place. Seu rosto personifica todo o cansaço e abatimento que a vida lhe proporcionou. Não é fácil assistir ao filme, tanto pelo ritmo arrastado e a ausência de cenas mirabolantes. Tudo é bem simples, focando na rotina de pessoas anônimas e que somente esperam o dia de morrer.

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