sexta-feira, 12 de julho de 2019

Head count

"Head count", de Elle Callahan (2018) Filme de estréia da cineasta Elle Callahan, especialista em efeitos especiais e edição, "Head count" é um filme de terror psicológico independente, realizado com pouca grana mas bastante competência técnica. Uma mistura de "O caminho do mal", "Evil dead" e "A coisa", três grandes clássicos do cinema de gênero, "Head Count" tem como protagonista Evan, um jovem que acaba de se formar na escola fundamental e vai entrar na faculdade. De férias, ele vai até Joshua Tree, deserto da Califórnia, para se encontrar com seu irmãos mais velho, Peyton, que resolveu virar uma espécie de Eremita do deserto. Durante uma caminhada no deserto, eles conhecem um grupo de 9 adolescentes, entre eles, a fotógrafa Zoey, por quem Evan se interessa. O grupo convida Evan para passar uns dias na casa deles. Durante uma noite de bebedeiras em torno da fogueira, o grupo decide contar histórias de terror. Even pesquisa na internet e lê sobre o HINJA, uma entidade que se tiver o nome pronunciado 5 vezes, criará vida e toma a forma de seres humanos. Com uma narrativa lenta, baseada em travellings lentos que constróem uma bela atmosfera de suspense, a cineasta e roteirista Elle Callahan vai revelando uma consistente história de paranóia, defendida por um bom elenco. O problema aqui é que o grupo de jovens é enorme, são 10, e fica difícil até mesmo memorizar os rostos deles. Ma sé uma produção eficiente, dando uma lição de que sim, é possível fazer um bom suspense sem apelar para efeitos especiais. O roteiro é batido, o que torna o filme algo acima da média é a decupagem e a fotografia, transformando tudo numa grande metáfora de uma América que cada vez mais, isola a nova geração de um futuro promissor.

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