quinta-feira, 18 de julho de 2019

Era uma vez Brasília

'Era uma vez Brasília", de Adirley Queirós (2017) Em 2014, o cineasta de Brasília Adirley Queirós ficou conhecido nos circuitos de Festivais pelo seu premiado "Branco sai, preto fica", um misto de drama, documentário e ficção científica de baixo orçamento. Agora, em 2017, ele lança "Era uma vez Brasília"e tudo se repente: drama, documentário, ficção científica e baixo orçamento, naquilo que parece uma continuação de seu filme mais famoso. Não é uma tarefa fácil assistir a um filme de Adirley. Se apropriando de uma linguagem bastante experimental, que passeia entre a paródia e a ironia que tenta traduzir através da alegoria, o universo social e político pelo qual o Brasil tem passado nesses últimos anos. Em "Era uma vez Brasília", Adirley faz uma metáfora sobre o Impeachment de Dima, ocorrido em agosto de 2016. O filme utiliza o discurso de Dilma ao ser afastada, e finaliza com o discurso da posse de Temer, o que o filme aponta como Ano 0 PG ( Zero pós golpe). W4A é um agente de um planeta indefinido, enviado à Brasília para matar o presidente Juscelino Kubitscheck nos anos 50. Mas um erro de percurso o traz à Brasília pré-impeachment de Dilma. Aqui, ele conhece Andreia, uma guerrilheira que foi presa por tentar se defender de um assédio sexual, e acabou matando o seu agressor. O filme concorreu em Locarno 2017, recebendo um prêmio especial.

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