quarta-feira, 3 de julho de 2019

Anna - o perigo tem nome

"Anna", de Luc Besson (2019) O Cineasta e produtor francês Luc Besson já fez história: é dele alguns dos filmes mais cults do Cinema dos anos 80 , 90 e 2000: "Subway", "Imensidão azul", "O quinto elemento". Besson também ficou famoso por realizar filmes onde as protagonistas são assassinas profissionais: "O profissional" ( filme que lançou Nathalie Portman), "Nikita", "Lucy" e agora, "Anna". São várias as mulheres de Besson, e todas parecem ter saído da mesma linhagem: duronas, frias, poderosas, lindas, atraentes e muito, muito violentas e duras na queda. Besson lançou Natalie Portman, Milla Jojovich e agora lança a modelo russa Sasha Luss, no papel principal. A história, todo mundo ja viu mil vezes: ambientada nos anos 80, em um mundo dividido pela Cortina de ferro, uma mulher, Anna, luta para sobreviver. ela acaba sendo admitida no serviço militar russo, a Kgb, e treinada para ser uma super agente russa. O que ninguém esperava, é que ela também fosse recrutada pela Cia, e a partir daí, trabalhando como agente dupla, e pior, se apaixonando por um agente russo, Alex (Luke Evans), e por um americano, Lenny (Cillian Murphy). Para completar esse time de super astros, Helen Mirren interpreta Olga, uma super espiã russa, chefona da Kgb. Mas o que o filme tem de melhor, é a sua estrutura narrativa: a mesma cena chave é vista de novo, agora sob outro ângulo e outro ponto de vista. Isso acontece toda hora, provocando plot twists e deixando o espectador curioso. Esse recurso acaba provocando certa confusão, portanto é bom o espectador ficar bem atento a detalhes para não se perder. As cenas de ação são mito bem orquestradas, e uma cena muito foda é a de um restaurante em Moscou; Anna, sem armamentos, mata dezenas de seguranças usando pratos de porcelana. O que eu não gostei, e prejudicou o senso de realismo do filme, é que todos os agentes russos falam em inglês no filme, e mais, são atores ingleses escalados. Daí, quando o agente russo Alex pergunta se Anna fala inglês, e eles falam em inglês, ficou algo muito sem noção. Teria sido melhor o elenco russo falar na língua nativa, ainda mais que o filme quer marcar esse mundo dividido em dois pólos. Sacha Luss tem carisma, e torço para que ela consiga ganhar o seu espaço esse mundo do entretenimento. Apesar dela ser protagonista, ainda escrevem roteiros aonde a mulher precisa usar do seu charme e sensualidade para conseguir seus intentos. E isso talvez prejudique o filme, assim como o semelhante"Red Sparrow", com Jennifer Lawrence.

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