quinta-feira, 11 de julho de 2019

A Zona

"The Zone", de Joe Swanberg (2011) Joe Swanberg é o Papa do Movimento "Mumblecore": cinema feito sem dinheiro, convocado amigos para equipe e elenco. Por ano, Joe costuma dirigir de 5 a 7 filmes. Amado e odiado, Joe prefere manter uma frequência de realização de filmes para exercer a prática e poder convidar amigos atores que não encontram chance em filmes de mercado. No entanto, boa parte dos filmes de Joe lidam com sexualidade explícita. Os atores atuam de forma naturalista, ficam nus, discutem assuntos corriqueiros do dia a dia, nada muito revelador. pode -se dizer que os filmes de Andy Warhol ou até mesmo de John Cassavettes já tinham esse pensamento de liberdade estética e de mercado. "A zona"é um filme dividido em 2 partes: na primeira, um jovem casal e uma amiga dividem um apartamento no Brooklyn. Um homem misterioso surge para cada um deles e os seduz, uma referência explícita à "Teorema", de Pasolini. Abruptamente, esses mesmos atores estão sentados em frente a um computador, junto do Diretor do filme, Joe Swanberg. Todos discutem as cenas que foram vistas na primeira parte. Os atores, de uma forma geral, fazem críticas ao diretor pela forma como ele expõe os corpos, a relação sexual entre os personagens. O casal é casado na vida real, e a outra jovem é casada com o diretor Joe Swanberg. No filme, Joe obriga o casal a fazer sexo com a esposa de Joe. Eles relutam, mas pelo filme, cedem. Daí na segunda parte, eles discutem ese limite tênue entre realidade e ficção. "A zona" é um dos filmes menos interessantes de Joe, mas mesmo assim, traz um tema muito interessante que merece discussão nesses tempos de politicamente correto e de militância: até aonde vai o papel do Diretor e dos atores, para chegarem a um consenso em relação à cena que irão filmar?

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